Na sessão da comissão especial do impeachment convocada nesta sexta-feira (8) para discutir o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), deputados governistas saíram em defesa da presidente Dilma Rousseff, enquanto parlamentares da oposição não pouparam ataques ao governo da petista. Os discursos começaram ás 16h25, e o deputado Evair Melo (PV-ES) foi o primeiro a falar.
Ele apresentou como argumentos a edição de decretos suplementares por Dilma sem que houvesse autorização do Congresso e as chamadas “pedaladas fiscais” (atrasos no repasse pela União aos bancos públicos para pagarem benefícios sociais).
Por um acordo entre os líderes partidários, a fase de discussões deveria ser encerrada às 3h da madrugada de sábado (9), independentemente de ainda haver deputados inscritos para falar. No entanto, o debate acalorado atravessou a madrugada e se estendeu até às 04h45, em mais uma sessão que entra para a história perante o cenário de crise política instalada no país.
A comissão tem 65 integrantes titulares e 65 suplentes. No entanto, mesmo quem não é membro pode falar, desde que tenha se inscrito. Pelas regras, os membros terão direito à palavra por 15 minutos e os não-membros, por 10 minutos. Os deputados favoráveis e contrários discursam alternadamente.