O inverno no hemisfério sul começou na madrugada segunda-feira (21), à 00h32. Para o Rio Grande do Norte, o período é marcado com a maior ocorrência de chuvas na faixa litorânea e o início do período seco no interior do estado e a diminuição das temperaturas nas regiões serranas. A estação vai até o dia 22 de setembro.
Gilmar Bristot, meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), avalia que a previsão é de que ocorram chuvas abaixo do normal no início da estação (junho) como já vem sendo constatado pelas análises, devendo ocorrer maiores volumes a partir da última semana de junho, seguindo até agosto se houverem mudanças nas condições climáticas do Oceano Atlântico Sul.
“As atuais condições apresentadas pelo Oceano Atlântico Sul não estão favoráveis para uma maior ocorrência de chuvas no momento devido à intensidade e posição do sistema de Alta Pressão que tem oscilado muito devido ao não estabelecimento ainda do período mais frio no hemisfério Sul, o que tem mantido a condição de vento soprando de sul (vento mais frio e seco). A expectativa é que as condições de chuva deverão normalizar na última semana de junho, julho e agosto”, completou.
Previsão de volume médios de chuvas para o período de junho a setembro de 2021.
*Oeste- 85,1 mm
*Central- 73,0 mm
*Agreste- 226,9 mm
*Leste- 506,5 mm
*Nomenclatura adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Estação pelo país
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período menos chuvoso nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e em parte das regiões Norte e Nordeste tende a favorecer a incidência de queimadas e de incêndios florestais, bem como um aumento do número doenças respiratórias, já que a umidade relativa do ar diminui bastante.
Além disso, os baixos índices pluviométricos típicos do período podem agravar a já preocupante situação dos reservatórios hídricos de parte do país. De acordo com o Inmet, a precipitação nos estados que compõem a bacia do Rio Paraná (Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo), por exemplo, já vem registrando chuvas abaixo da média desde o ano passado, e essa situação deve se prolongar pelos próximos meses.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a situação hidrológica registrada em 2021 é a pior dos últimos 91 anos. O baixo volume de chuvas afeta a geração de energia elétrica porque 65% da produção nacional provêm de hidrelétricas, que dependem do recurso em abundância.
Por outro lado, a típica circulação de massas de ar frio vindas do sul do continente tendem a derrubar as temperaturas, o que pode causar a formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no estado de Mato Grosso do Sul, e até mesmo queda de neve em áreas serranas e planaltos da Região Sul.
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