O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte-RN) diz que a categoria está decepcionada diante das tentativas frustradas de acordo com o Governo do Rio Grande do Norte para encerrar a greve dos professores, iniciada há mais de um mês. “É decepcionante. Tínhamos uma esperança muito grande de que o Governo fosse um governo de maior valorização da educação”, diz Ronnan Cunha, diretor do sindicato.
A cobrança em torno da governadora Fátima Bezerra tem sido mais incisiva por parte dos professores devido ao histórico da petista. Além de ter feito parte do sindicato, quando deputada federal, Fátima Bezerra foi a relatora da lei do piso do magistério e coordenou a Frente Parlamentar em Defesa do Piso dos Professores. A pressão também recai sobre a titular da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura e do Lazer (SEEC), Socorro Batista, outra ex-militante do movimento sindical.
Em greve desde o dia 6 de março, os professores cobram o pagamento do reajuste de 14,95% de forma integral para ativos e aposentados. O Governo já apresentou quatro propostas de acordo, com previsão de pagamento escalonado, mas todas foram recusadas e a paralisação segue sem perspectivas positivas.
A greve dos professores do Rio Grande do Norte já dura 35 dias e é maior do que a paralisação do ano passado. No domingo (9), em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o secretário de Planejamento e Finanças, Aldemir Freire, disse que o sindicato está sendo “intransigente e fechado ao diálogo”. O economista também considerou “impossível” atender a demanda da forma como a categoria deseja.
Até o momento, não há em vista nenhum acordo entre os grevistas e o Poder Executivo. O Sinte programa para amanhã, às 9h, um ato público e farão uma caminhada até a Governadoria.
Tribuna do Norte