Um dos dias mais esperados de 2019 no mercado norte-americano finalmente chegou: a empresa de transporte por aplicativo Uber vai começar nesta sexta-feira, 10, a operar na bolsa de Nova York, completando oficialmente seu IPO (oferta inicial de ações).
É o maior IPO desde que a empresa de tecnologia chinesa Alibaba abriu capital, em 2014. A ação foi precificada em 45 dólares, conforme informado na noite desta quinta-feira, 9, fazendo a empresa atingir valor de mercado de 82,4 bilhões de dólares e arrecadar 8,1 bilhão de dólares. O preço, contudo, foi conservador: há algumas semanas, a expectativa da Uber era atingir valor de mercado de 120 bilhões de dólares, mas o time do presidente Dara Khosrowshahi decidiu manter os pés no chão.
Motivos para cautela não faltam. O IPO da concorrente Lyft, que abriu capital na bolsa em março, chegou a valor de mercado de 24,3 bilhões de dólares, mas as ações caíram 27% desde então.
Uber e Lyft têm basicamente os mesmos problemas: atingir a lucratividade enquanto lidam com eventuais regulações de governos e expandem o crescimento. Só em 2018, a Uber teve prejuízo de 3 bilhões de dólares, em meio a faturamento de 11,3 bilhoes. O único caminho rumo à lucratividade parece ser justamente deixar de lado os motoristas e empregar carros autônomos, o que está décadas longe de acontecer.
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