Por Diassis Oliveira
(Da redação do BLOG do FM) – Dois pré-candidatos, um ao governo do RN e outro ao Senado, desistiram de dar continuidade às suas candidaturas, faltando pouco menos de três meses para as eleições.
Em maio deste ano o empresário Haroldo Azevedo (Patriota) decidiu retirar sua pré-candidatura ao governo do Estado nas eleições deste ano. Ele disse em entrevistas que, ao mergulhar no projeto da pré-candidatura, se decepcionou com a maneira como os políticos agem.
Hoje, o pré-candidato ao senado e ex-deputado federal Ney Lopes Souza (Brasil 35), anunciou sua desistência de disputar vaga para o Senado da República.
Em uma carta divulgada, Ney disse que “acho-me emocionalmente enfraquecido pela perda em pouco tempo do meu filho e da minha mãe, o que se soma a circunstancias eleitorais atípicas e notórias no estado”
Situações que cabem uma análise: a candidatura do empresário Haroldo Azevedo, que se colocava como via de oposição a governadora Fátima Bezerra (PT), se tornou inviável para ele, a partir do momento que o grupo político bolsonarísta optou por escolher o ex-vice-governador Fábio Dantas (Solidariedade), para compor a chapa de oposição.
Haroldo é irmão de Flavio Azevedo, que deverá ocupar a vaga de primeiro suplente de Rogério Marinho, fiel escudeiro do presidente Bolsonaro no RN, e que defende o nome de Fábio Dantas para o governo.
De cara, Haroldo já não teria o apoio do próprio irmão, já que existe um conflito familiar entre eles. Azevedo também não caiu no gosto da ala bolsonarista. O grupo político do presidente Jair Bolsonaro no estado não “abraçou “ sua candidatura.
Ney Lopes já foi deputado federal, e há algum tempo não tem uma forte atuação na política. Seu distanciamento se desencadeou desde seu rompimento com o ex-senador José Agripino Maia, em 2014, depois de comprar uma briga para defender a ex-governadora Rosalba Ciarline. Na época, todo mundo era do Democratas e houve um grande rompimento que abalou as estruturas da política.
Depois disso, Ney se resguardou, e agora tentou ressurgir, colocando seu nome como pré-candidato ao senado.
A cadeira de senador nesse momento vem sendo disputada por três grandes protagonistas da política: Rogério Marinho, Carlos Eduardo Alves e Rafael Motta. Situação que se mostrou inviável para Ney.