Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostrou que os alimentos da ceia de Natal estão em média 15% mais caros este ano. Para economizar, as famílias deverão usar a criatividade e apostar na substituição dos itens mais tradicionais.
A inflação atingiu principalmente o arroz, um dos principais acompanhamentos da mesa, cujo preço subiu mais de 62% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Também foram observados aumentos significativos nas carnes tradicionais dos cardápios de Natal, como pernil suíno (30,5%), lombo suíno (20,14%), frango inteiro (14,5%) e o bacalhau (10%).
“Esse será um Natal complicado não só pelo aumento dos preços, mas também pelo desemprego, que aumenta a sensação de que os preços estão pela hora da morte”, afirma André Braz, economista do Ibre/FGV.
Com a pandemia, a recomendação é que as famílias evitem reunir grupos com muitas pessoas nas festas de fim de ano. Integrante do time de “caçadores de ofertas” do “Qual oferta” — plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio —, Vivian Marcelle vai aproveitar o número reduzido de convidados para preparar uma ceia mais simples.
“Se o preço do chester ou peru não cair, vou usar um frango bem recheado, com bastante salada e frutas para acompanhar. Também pretendo comprar lascas de bacalhau. Por causa da pandemia vai ficar mais fácil substituir os alimentos”, conta Vivian, que também costuma pesquisar preços e comprar diretamente dos produtores, na Cadeg.
André Braz sugere que as famílias apostem na criatividade, com a preparação de alimentos simples de uma forma mais caprichada. Por exemplo, o arroz branco pode ser acrescentado de vegetais e frutas secas para render mais e ganhar versões mais especiais.
iG