Nos bastidores da política há quem defenda a tese de que o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), deve ficar com a “orelha em pé” com relação ao fato de a governadora Fátima Bezerra (PT) bater publicamente o “martelo” e declará-lo, oficialmente, o seu candidato ao Senado Federal.
Até o momento, Fátima não deu um único “pio”, não fez qualquer declaração ou pelo menos um aceno por mais simples que fosse, mas que deixasse claro que Alves será mesmo o seu candidato ao Senado.
Se prolonga pelos corredores da Assembleia Legislativa a fama da governadora de não cumprir acordos, nem a palavra dada.
Imagine a palavra não dada.
E se nos últimos minutos do segundo tempo, Fátima Bezerra dizer a Carlos Eduardo que a pré-candidatura dele ao Senado não será viável, pois a mesma tem criado barreiras intransponíveis de rejeição junto aos líderes do PT?
Essa rejeição de fato existe, é pública e notória.
E por falar em traição, ninguém mais do que o senador petista Jean Paul Prates sente na pele o significado da palavra.
Prates ocupa a cadeira de senador graças a um acordo feito com Fátima Bezerra na campanha de 2018, onde ele seria o suplente e concorreria novamente ao cargo, em 2022, com o apoio total de Fátima, o que não vai acontecer.
Hoje Jean caminha para carimbar o seu passaporte e se filiar ao PSD para disputar sozinho e tentar se reeleger senador.
Uma pergunta que fica no ar: se Fátima Bezerra deu uma “rasteira” em um candidato ao Senado do seu partido, o que lhe impede de dar um “ponta-pé” em Carlos Eduardo, que há cerca de quatro anos era protagonista de campanhas de ataque contra ela?
No meio de tudo isso ainda tem o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB, a quem Fátima tenta seduzir de todas as formas – inclusive com participação na chapa majoritária – para que ele não pule para o palanque da oposição.
Se cuide Carlos Eduardo, sua candidatura ao Senado com o apoio de Fátima pode se transformar em um brinquedo de “papel machê”.
2 Comentários
Deixa de ser idiota, vc não tá acompanhando as pesquisas?
Carlos Eduardo foi vice de Wilma Faria, convém lembrar. Portanto, já tem experiência (inclusive exitosa) com as ‘traíras’ que habitam o Potengi. Se tem calma e fôlego para nadar em contracorrente, aí é outra coisa.