A tenente Flávia Lyra, de 28 anos, faz muito sucesso no Instagram, onde tem mais de 100.000 seguidores. Ela é moradora de Inhaúma, Zona Norte do Rio. Entre fotos de viagens e no serviço, há muitas outras que revelam sua outra paixão, além da profissão: o fisiculturismo.
— Competi pela primeira vez na categoria Wellness – voltada para mulheres com pernas grossas e cintura fina, padrão de beleza das brasileiras – há alguns meses. Tive pouco tempo de preparação, mas malhei bastante e consegui vencer as outras cinco candidatas e ficar em primeiro lugar — relembra a bombeira, confessando que é bastante rigorosa com a malhação — treino todos os dias, apesar de ter escorregado um pouco no Natal, e sigo uma dieta radical.
A preocupação com o corpo tem também outro motivo: no carnaval, Flávia vai desfilar pela Imperatriz Leopoldinense. A paixão pela folia é antiga. No currículo, a moça conta com desfiles no Salgueiro e na Acadêmicos do Engenho da Rainha. Nesta última, foi musa de bateria em 2009. Porém, desde que entrou para a corporação, teve de deixar o samba um pouco de lado.
Flávia entrou para o Corpo de Bombeiros em 2010, influenciada pelo pai, tio e irmão, todos militares. Concluiu os estudos no Colégio Militar do Rio de Janeiro, localizada no Maracanã, Zona Norte do Rio, o que também foi determinante para a escolha da carreira.
— Sempre sonhei em ser militar. Escolhi o Corpo de Bombeiros pela possibilidade de seguir a minha paixão, o militarismo, e pela beleza da profissão, que considero excepcional — revela.
A tenente já fez trabalhos como modelo. Não seguiu na carreira, faz apenas alguns trabalhos pontuais, mas a beleza não passa despercebida no dia a dia, nem mesmo sob o uniforme cáqui.
— Bombeiras bonitas chamam atenção. Parece que não conseguem associar trabalho pesado a mulheres belas. Na verdade, só o fato de ser mulher e bombeira já deixa as pessoas surpresas, pois há bem menos combatentes do sexo feminino na corporação. O fato de eu comandar as equipes e ser responsável por algumas operações causa ainda mais estranheza — diz a tenente, que está no Corpo de Bombeiros desde 2010.
Para a tristeza dos marmanjos, o coração de Flávia já está ocupado. Conheceu o noivo, também bombeiro, assim que entrou na corporação. Hoje, trabalham no mesmo quartel, mas garante que o amado não é ciumento.