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Colômbia e Farc anunciam acordo de paz após meio século de conflitos

LÍDERES SE REÚNEM PARA ANUNCIAR ACORDO DE PAZ ENTRE COLÔMBIA E FARC. (REPRODUÇÃO)

LÍDERES SE REÚNEM PARA ANUNCIAR ACORDO DE PAZ ENTRE COLÔMBIA E FARC. (REPRODUÇÃO)

Após meio séculos de sangrentos conflitos, o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram ter chegado a um acordo de paz definitivo. O esperado anúncio veio nesta quarta-feira (24) em um comunicado conjunto de ambas as partes, seguindo quatro anos de negociações. O pacto histórico prevê a desmobilização das guerrilhas, a reintegração dos rebeldes à sociedade civil e sua participação na política.

Desde 1964, a guerra já matou mais de 220 mil pessoas e deixou milhões de deslocados no país.

“Chegamos a um acordo final, integral e definitivo”, anunciaram ambas as partes em um comunicado conjunto, que foi lido por representantes de Cuba e Noruega, os países intermediadores das negociações.

Um dia antes, o líder das Farc, Timoleón Jiménez, conhecido como Timochenko, tuitou:

“Estamos às portas de anúncios importantes que nos deixam perto de um acordo final”.

Em 2012, a Colômbia e as Farc iniciaram um processo de paz em Havana, na tentativa de colocar fim a mais de meio século de conflitos internos através da resolução de cinco pontos-chave: o narcotráfico, o desenvolvimento agrário na zona rural do país, a participação das Farc na política nacional, o fim da guerrilha armada e os direitos de reparação às vítimas do conflito.

Obtido após quase quatro anos de conversas tensas em Cuba, o acordo ainda precisará ser assinado e votado em um referendo. Ceca de 34 milhões de colombianos poderão comparecer às urnas na histórica votação. A maioria das pesquisas de opinião indica que os colombianos irão endossá-lo.

A paz com as Farc não garante o fim da violência na Colômbia. As conversas do governo com outro grupo rebelde de esquerda, o Exército de Libertação Nacional (ELN), emperraram recentemente, e há relatos de que gangues derivadas de grupos paramilitares de direita assumiram algumas rotas do narcotráfico.

 O Globo

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