A rede de notícias CNN entrou com um processo contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e vários de seus assessores nesta terça-feira, 13 de novembro. A razão da ação, explica a emissora, é o banimento do jornalista Jim Acosta, que teve sua credencial suspensa pela Casa Branca na semana passada por um desentendimento com Trump durante uma coletiva de imprensa.
A emissora alega que a retirada da credencial de imprensa de Acosta é uma violação à Primeira e Quarta Emenda da Constituição americana, que tratam da liberdade de expressão e da apreensão dos bens de uma pessoa sem motivo razoável ou mandado judicial. A CNN pede, ainda, que o documento seja imediatamente restaurado ao jornalista.
Relembre o caso
O incidente que gerou a decisão da Casa Branca sobre Acosta ocorreu durante uma entrevista coletiva na qual Trump avaliou os resultados das eleições de meio de mandato realizadas nesta terça-feira. O jornalista da CNN entrou em uma tensa discussão com o presidente, que, depois de responder a várias das suas perguntas, lhe retirou a palavra.
“Largue o microfone… Te direi uma coisa, a ‘CNN’ deveria estar envergonhada de si mesma por ter você trabalhando para eles. É um mal-educado, uma pessoa terrível”, disse Trump enquanto Acosta disputava o microfone com uma estagiária. A Casa Branca se referiu a este fato em particular para justificar a suspensão da credencial.
“Trump acredita na liberdade de imprensa e espera perguntas difíceis sobre ele e seu governo. No entanto, nunca toleraremos que um jornalista ponha suas mãos sobre uma jovem mulher que só está tentando fazer seu trabalho como estagiária da Casa Branca. Este comportamento é inaceitável”, declarou Sanders no comunicado.
“Que a CNN esteja orgulhosa da forma como seu empregado tem se comportado não é só asqueroso, mas é um exemplo do seu degradante desprezo por todos, incluindo as mulheres jovens, que trabalham neste governo”, acrescentou.
Como resposta ao comunicado de Sanders, Acosta foi lacônico: “Isto é mentira”. Em comunicado posterior, a Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA, em inglês) considerou como “inaceitável” e “fora de lugar” a suspensão da credencial de Acosta e pediu que esta seja devolvida.
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