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Cine Teatro em Parnamirim receberá Festival Cena Cumplicidades

cine

Em uma importante parceria com o Festival Cena Cumplicidades, que acontece em Recife, Olinda, João Pessoa e Buenos Aires, este ano o festival contará com programação internacional e de rua, que acontecerá aproximadamente em 9 dias de apresentações e 30 dias de residência artística, ocupando espaços da cidade do Natal e Parnamirim, tendo como ponto de referência, o Espaço Gira Dança, na Ribeira. 

Palco Gira Dança é um projeto cujo formato de Festival busca atuar no fomento e na difusão da dança, na interação e no diálogo entre as poéticas e as estéticas contemporâneas, na formação de público, na recepção e na fruição da obra de arte e na criação de novas redes de interlocução envolvendo artistas, produtores, pesquisadores e públicos.Para a edição de 2016, o projeto vem somar às ações da Companhia Giradança. Desta forma, assume o conceito “Corpo: espaço de resistência”, resistindo as dificuldades e acreditando nas parcerias firmadas com diversos grupos do Brasil e fora dele. 

Este ano contamos na programação com espetáculos Hyperterrestres (França/Canadá), Homem Torto – com Eduardo Fukushima (SP), Twisted Pair e One One One – Cie Ioannis Mandafounis (Suíça), Alexandre Américo (RN), Rosa Primo (CE), Clarice Lima (SP) entre outros, que contam com patrocínio dos seus países e do Prêmio Funarte Klauss Vianna 2014/2015. Todos os espetáculos serão oferecidos por preços populares e as oficinas culturais serão gratuitas.

Hyperterrestres (França)

Local: Cine Teatro de Parnamirim

DATA: 29/10

Horário: 20h

Momentos transitórios, ruídos e fricções oscilam entre o inaudível e o audível. Um material que é inseparável do estar presente. Línguas orgânicas de uma textura particularmente densa, que se transformam até que não seja mais possível de retirar uma essência. Sinais compulsivos, corpos em mutação constante, encontros que criam um lugar (o contra-espaço evocado por Michel Foucault) Onde se inventará essa linguagem que vem de um outro lugar, que deixa ressoar pulsões que diríamos primarias. Incompreensível? Essa linguagem se tornaria, portanto tão clara que perceberíamos algo de essencial, um antes, sob, atrás das palavras que pode transmitir algo além do significado que viria dar suporte aos gestos. 

Ou se trata da expressão de uma medida intuitiva das pulsões? Esse encontro procura na pulsação do desejo, onde nos teríamos a capacidade de compreender sem necessariamente saber, apenas habitados pelo calor extremo das irradiações, das colisões. Criar um espaço que propõe ao espectador de se surpreender e de fabular- deslizamentos do cotidiano na ficção – local onde o objeto, que se tornou um relato, faria um chamado à uma memória inconsciente, adormecida, arcaica.

 Como tratar o peso da presença que exerce uma pressão persistente sobre corpos em mutações? Como oferecer ao espectador uma viagem onde a percepção ativada pode desenvolver uma curiosidade? Veremos estados de corpo primitivos e intuitivos, estados de voz de profundidades diferentes e conjugadas que formulariam uma tentativa de linguagem, explorando as relações ao outro e ao ambiente para tocarem as dimensões múltiplas do ser. 

Assim nos poderemos deslizar de um estado à outro e deixar entrever a encarnação dos diferentes modos de presença e de relação. Será que isso se transforma ou a noção de realidade muda? Um convite à uma viagem nas profundezas do interno e do esquecimento o de como no momento de um mergulho, a opacidade e a densidade revelam de repente as mínimas mudanças do movimento dos corpos, das luzes, dos sons, das sensações escondidas. Ramalingom e Lachambre procuram o que está contido nos fundos terrestres. 

O processo espetacular é um movimento que vacila entre a resistência e a fusão. O relaxamento acalma o corpo que parece querer se entregar ao esgotamento do transe. Fabrice a – metamorfose , Benoît a – irradiação-, o encontro dual se torna incontornável. Ruídos de corpos cheios de tensões terrestres. 

Ficha Técnica

Coreografia: Interpretação: Benoît Lachambre – Fabrice Ramalingom | Cenografia: Emmanuelle Debeusscher | Criaçao e Performance Musical: Hahn RoweAssistente | Dramaturgo: Matthieu Doze | Coach vocal: Su-Feh Lee | Luz: Maryse Gautier | Direção Técnica: Karine Gauthier – Romain de Lagarde | Figurinos: Alexandra Bertaut | Produção Canada: Par B.L.eux

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