Mesmo o mês de agosto marcando o início do período de estiagem no Rio Grande do Norte, as chuvas no estado superaram a média esperada para o período. A região que apresentou a maior alta de chuva foi a Oeste, onde choveu 49,3mm e costuma chover em média 11,9mm, um aumento de 314,5%. Os dados são do Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) que registrou ainda que as precipitações com volumes acima da média esperada ocorreram com regularidade e boa distribuição em todas as regiões do estado.
“Agosto vem repetindo o cenário dos meses anteriores apresentando acumulados de chuvas acima do normal em todas as regiões do Estado. O interior do estado, por exemplo apresentou médias acima do esperado principalmente nas regiões Oeste e Central”, comentou do chefe da unidade de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.
As chuvas resultaram de algumas condições meteorológicas como a ocorrência resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico (La Ñina) na altura da linha do Equador, liberando mais umidade e o aquecimento das águas superficiais do oceano Atlântico Sul que favorecem a formação de nuvens de chuva.
Os maiores acumulados aconteceram em Natal (Leste Potiguar) 183,6 mm, Major Sales (Oeste Potiguar) 136,8 mm, Boa Saúde (Agreste Potiguar) 83,2 mm e São Bento do Norte (Central Potiguar) com 54 mm.
Conforme a climatologia, a previsão para o próximo trimestre é de poucas chuvas no estado, porém devido ao aumento da circulação de ventos as temperaturas são mais amenas. As médias previstas são de 15,9 mm em setembro; 7,5 mm em outubro e 13,4mm em novembro.
“Setembro e outubro são meses em que o vento sopra com maior intensidade, com possibilidade de ocorrência de pancadas de chuvas, mas com pouco volume”, explicou Bristot.
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