Fernando Veloso afirma que estupro coletivo deixou polícia perplexa
chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou, nesta sexta-feira, que o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos na Zona Oeste deixou a própria polícia perplexa. Veloso explicou que o pedido de prisão dos quatro suspeitos que já foram identificados ainda está sendo avaliada:
– O crime deixou todos perplexos com a capacidade que o ser humano tem de cometer o crime com as características que foi. Deixou a própria polícia perplexa que lida com isso todos os dias – afirmou.
Segundo Veloso, a justificativa do pedido de prisão tem a ver com a conveniência da investigação.
– Há indícios veementes de que houve estupro, mas não podemos afirmar ainda se houve ou não, se que forma houve. Não podemos nos basear no “ouvi dizer”. Só o exame de corpo de delito vai apontar se houve estupro ou não. O laudo pode trazer uma certeza ou uma dúvida. Pode demandar outra diligência para sanar uma dúvida que surge no próprio lado.
Para Veloso, trata-se de um caso emblemático que mobilizou todo mundo.
– É um absurdo por si só. Começando pela divulgação pela internet.
O delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Alessandro Thiers, afirmou que já tem a localização dos quatro homens identificados por participar ou divulgar as imagens:
– Já temos a localização de alguns dos suspeitos. Nem todas as quatro pessoas identificadas participaram do ato. A polícia se preocupa em investigar e buscar a verdade, não só prender – afirmou Thiers.
Nenhum dos quatro suspeitos foi ouvido pela polícia.
A delegada-titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Cristiana Bento, afirmou que o programa de proteção à testemunha está pronto para ser acionado caso seja do interesse da vítima e de sua família.
Segundo Veloso, o secretário de Assistência Social, Paulo Melo, disse para marcar uma reunião com a família da vítima na segunda-feira no gabinete dele para dar apoio.
A delegada-titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Cristiana Onorato Bento, afirmou que o programa de proteção à testemunha está pronto para ser acionado caso seja do interesse da vítima e de sua família.
O Globo