Os integrantes da chapa Por uma Ordem Progressista, que concorre às eleições da OAB-RN, se reuniram com a advocacia iniciante para ouvir demandas e conversar sobre propostas específicas para esse nicho de profissionais. Os principais pontos debatidos foram a falta de conexão entre a OAB e os cursos, falta de apoio aos advogados recém-aprovados no exame para ingresso no mercado de trabalho e desvalorização da advocacia dentro de grandes escritórios por falta de fiscalização.
A advocacia iniciante está amplamente contemplada na chapa Por uma Ordem Progressista e tem a candidata Larissa Fagundes como porta-voz.
A advogada Larissa Fagundes, candidata a secretária-geral adjunta, considerou a reunião um momento bastante produtivo. “Ouvimos relatos emocionantes de pessoas que vivem a advocacia real, de profissionais que estão lutando diariamente para se manter no mercado, entender como funciona e com expectativas de que a OAB se torne a Ordem de todos os advogados, a Ordem da advocacia e não de determinados escritórios ou de determinados advogados que têm algum sobrenome ou vêm de uma família tradicional. Todos são advogados aprovados, com seu número de inscrição e querem direitos iguais entre”, afirmou a candidata a secretária-geral adjunta da chapa Por uma Ordem Progressista.
Larissa Fagundes explicou que muitos estudantes de direito terminam por não se sentirem contemplados pela advocacia por não terem expectativa de um bom futuro profissional. Além disso, diante da falta de amparo da OAB à advocacia iniciante, os profissionais são jogados no mercado de trabalho sem maiores informações sobre os sistemas virtuais, aquisição e uso do token, falta de preparação para atendimento ao cliente, cobrança de honorários, consulta, prerrogativas e a necessidade de criar conexões com outros advogados. Um terceiro ponto é a falta de fiscalização da OAB nos grandes escritórios que termina por favorecer um ambiente de desvalorização da advocacia, com muita mão-de-obra barata e salários não condizentes com o volume de trabalho.
A candidata à presidência Elisângela Fernandes afirmou que a gestão da chapa Por uma Ordem Progressista pretende fazer o verdadeiro acolhimento da advocacia, iniciando desde a formação nas universidades, de modo que futuros bacharéis e bacharelas apaixonem-se pela advocacia e queiram seguir a carreira, e também com o profissional que acaba de passar no exame e não possui qualquer prática a respeito do mercado de trabalho porque os cursos não formam para isso. “Já a partir do recebimento da carteirinha, a Escola Superior da Advocacia pode ofertar cursos de formação, laboratórios e oficinas práticas para a advocacia recém-chegada ao mercado. Durante o curso, sempre tive o interesse em advogar e no início da carreira cometi vários erros por falta dessa adequada orientação”, afirmou Elisângela Fernandes.