Embora Elon Musk tenha tido muito sucesso, se tornando um milionário ainda em 1999 e sendo o dono de duas companhia que valem cerca de US$ 90 bilhões juntas, a SpaceX e a Tesla, ele não teve muito tempo de folga. De fato o bilionário não é um grande admirador das férias e ainda defende que “as férias matam”.
Essa aversão às férias se dá por conta da atenção excessiva ao trabalho. Musk disse na Recode Decode, um podcast do grupo Vox Media, que, para transformas suas companhias em empresas de referência, ele teria que trabalhar mais de 100 horas por semana.
Em 2018, por exemplo, Musk estava dormindo no chão de fábrica da Tesla, em um esforço para acelerar a produção dos carros Model 3. “Não tenho tempo nem para ir para casa e tomar banho”, disse ele no programa da CBS ‘This Morning’. “Para mim não faz sentido que a empresa esteja passando por dificuldades enquanto o CEO está de férias”, completou Musk na entrevista.
Férias frustradas
Além de trabalhar o tempo todo, Musk teve algumas experiências desagradáveis em períodos de férias. Em 2015, Musk disse que havia se distanciado do trabalho para descansar apenas duas vezes em mais de uma década. “Nos últimos 12 anos, tirei duas semanas de férias”, disse ele em 2015 para a televisão dinamarquesa.
“Na minha segunda semana de folga, meu foguete explodiu”, disse sobre o acidente envolvendo o foguete Falcon 9 da SpaceX, que explodiu logo depois do lançamento na base da companhia no Texas. “A lição aqui é: não tire uma semana de folga”, conclui o executivo.
Lua de mel problemática
Mesmo antes disso, quando Musk tentou tirar férias para aproveitar a sua lua de mel com a primeira esposa Justine Musk , em setembro de 2000, ele também recebeu más notícias profissionais. Na época ele era CEO da X.com e os executivos da empresa não estavam satisfeitos com sua liderança. O casamento do empresário com a escritora acabou em 2008.
Enquanto Musk estava no avião com Justine, os executivos entregaram uma carta de desconfiança ao conselho da empresa, expulsando Musk como CEO e substituindo-o por Peter Thiel.
Quando chegou para sua lua de mel na Austrália e descobriu o que havia acontecido, Musk voou imediatamente de volta para Califórnia, de acordo com o livro biográfico sobre o empresário, “Elon Musk: como o CEO bilionário da SpaceX e da Tesla está moldando nosso futuro“, escrito por Ashlee Vance e distribuído no Brasil pela editora Intrínseca.
Mas a experiência mais traumática de Musk aconteceu quando ele e Justine decidiram tentar a lua de mel novamente, em dezembro de 2000. Musk planejou uma viagem de duas semanas ao Brasil e à África do Sul. Porém, enquanto estava na África do Sul, ele contraiu a forma mais grave de malária.
No livro, há relatos que Musk foi diagnosticado erroneamente em um hospital e quase morreu por conta disso. “Essa é minha lição para tirar um tempinho de folga: de que as férias matam.”, afirma o bilionário no livro.
Saiba mais sobre o obcecado pelo trabalho
Sua primeira empresa foi criada aos 11 anos ainda na África do Sul, vendida em pouco tempo por US$ 500. Sua primeira empresa em solo americano foi a Zip2, criadora de conteúdo para portais, que garantiu o capital de US$ 307 milhões de dólares (e US$ 34 milhões em ações) após sua venda para a Compaq. No mesmo ano, Elon Musk criou a X.com, uma empresa de pagamentos que, após a fusão com a Confinity, deu origem ao PayPal, que recebeu esse nome em 2001.
Em 2002 o PayPal foi comprado pelo eBay por US$ 1,5 bilhão, rendendo US$ 165 milhões para Elon Musk, capital essencial para a fundação da Space Exploration Technologies, conhecida como SpaceX, no mesmo ano. No ano seguinte temos a fundação da Tesla Inc, que tem o foco não apenas em produzir carros elétricos, como o Roadster, mas também em soluções de armazenamento de energia.
Outros projetos de Elon Musk incluem o SolarCity (2006), focado em produzir soluções de energia solar, que se tornou subsidiária da Tesla em 2016, e o Hyperloop (2013) que promete transporte em alta velocidade, chegando a impressionantes 1200 km/h. Temos também a OpenAI (2015), empresa de inteligência artificial, The Boring Company e Neuralink, ambas em 2016.
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