A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL-Natal) criticou o novo decreto anunciado pelo governo do Rio Grande do Norte, que entrará em vigor a partir do próximo sábado (20) e se estenderá até o dia 3 de abril. Em nota, a CDL contestou a falta de diálogo do governo com o setor. Além disso, pediu medidas de socorro aos empresários do comércio.
“Nosso sentimento é de indignação e impotência. Estamos dialogando há tempos e no fim, fomos apenas informados da decisão. A situação do comércio é alarmante, as empresas não suportarão ficar tantos dias paradas. Precisamos de ajuda, de incentivos fiscais, de medidas que nos deem condições de sobreviver. Quem pagará aos nossos fornecedores, os nossos empregados? Sem faturamento não tem como honrar compromissos”, se posicionou.
Para a CDL Natal, além da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte (FCDL-RN) e da Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem de Natal (CDL Jovem Natal), as medidas de ajuda passam pela criação de um auxílio emergencial e programa de manutenção de emprego e crédito.
Apesar das críticas, a CDL declarou que reconhece o atual cenário da pandemia em Natal e no Rio Grande do Norte. A câmara ainda reforçou a importância da vacinação para conter a doença.
“Sabemos da gravidade da situação, com hospitais lotados e aumento de casos da doença. Somos a favor da vida, e por isso defendemos a urgência na aquisição de vacinas, só elas protegerão de fato a nós todos. O setor público precisa se comprometer com a maior celeridade na vacinação e preparação dos hospitais. Não dá para colocar só nos ombros do comércio a responsabilidade pelo controle do novo Coronavírus”, concluiu.
O novo decreto foi anunciado pela governadora Fátima Bezerra nessa quarta-feira (17). O texto prevê o fechamento de todos os serviços considerados não essenciais durante o período de 14 dias.