Vereadores devem realizar dentro de 10 dias um novo julgamento sobre o afastamento da prefeita (Foto: Reprodução).
Por decisão judicial, a prefeita Luana Bruno (PMDB), afastada da prefeitura pela Câmara Municipal de Areia Branca, retornou ao cargo. Na sexta-feira, 13 de maio, a juíza Uefla Fernanda Duarte Fernandes determinou o retorno imediato da prefeita porque entendeu que os vereadores não concederam a Luana Bruno o direito da defesa.
A juíza determinou ainda que os vereadores realizem um novo julgamento sobre o afastamento de Luana Bruno dentro de 10 dias, garantindo o exercício da ampla defesa da prefeita.
Luana Bruno foi afastada do cargo por votação da maioria dos vereadores na última terça-feira, 10 de maio, sob a acusação de atrasar o pagamento de salários dos servidores, não pagar o décimo terceiro salário do funcionalismo e realizar licitações viciadas.
Nos três dias em que Luana Bruno esteve fora da Prefeitura de Areia Branca, quem assumiu o cargo foi a vice-prefeita, Lidiane Garcia (PMN).
O presidente interino Michel Temer pretende indicar para o comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) o jornalista Laerte Rimoli. (Foto: Reprodução)
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Formado por membros do governo, do Legislativo e da sociedade civil, o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) divulgou uma nota em que rechaça a possibilidade de mudança na presidência da empresa. De acordo com o órgão, não há amparo legal para “substituições extemporâneas”, o diretor-presidente, Ricardo Melo possui mandato garantido pela lei e, por isso, “não pode ser destituído” pelo presidente interino da República, Michel Temer.
Nessa sexta-feira (13), coluna publicada no site Os Divergentes informou que o jornalista Laerte Rimoli foi escalado por Temer para assumir o comando da EBC. Segundo o portal, o objetivo do Planalto é distensionar a relação entre governo e imprensa.
Na última terça-feira (10), o jornalista Ricardo Melo foi empossado pelo governo após ter sido nomeado, no último dia 3 de maio pela presidenta afastada Dilma Rousseff. Na EBC desde agosto de 2015, Melo ocupou diversas funções no jornal Folha de S.Paulo, foi chefe de redação do SBT e trabalhou em outros veículos impressos e televisivos.
O Conselho Curador afirma que, independentemente do mérito das indicações ou de confirmações pelo governo Temer, há um “equívoco”, por parte do veículo que divulgou o nome de Rimoli como substituto de Melo, ao relacionar o cargo de presidente da EBC como sendo da estrutura de comunicação do governo. “A EBC é uma empresa pública criada para desenvolver atividades de comunicação pública e, portanto, de caráter não mercadológico, político-partidário ou governamental”, informou.
O órgão busca ainda diferenciar que a “EBC não é a NBR”, canal de TV que divulga as atividades governamentais e faz parte do braço estatal da empresa. Segundo o conselho, a confusão entre os dois “pode estar na origem dos equívocos” da reportagem.
“A EBC dispõe de uma área de prestação de serviços, a EBC Serviços, que é contratada pelo governo federal para desenvolver coberturas da NBR, mas esta emissora governamental, no entanto, não deve ser confundida com as emissoras públicas próprias da EBC, como a TV Brasil, as agências de notícias e as emissoras de rádio, de caráter não governamental”, disse o Conselho Curador, ainda por meio de nota.
O órgão acrescentou que Ricardo Melo só pode sair do cargo em duas hipóteses: “por vontade própria” ou desrespeito às suas responsabilidades legais, sendo que nesse último a decisão deve ser tomada pelo próprio conselho curador.
A diretoria-executiva da EBC também se manifestou sobre o assunto, argumentando que o presidente possui mandato de quatro anos de acordo com a Lei 11.652/2008, que autorizou a criação da empresa. Segundo a direção da empresa, a nomeação de novo diretor-presidente neste momento viola “ato jurídico perfeito” e princípio da Radiodifusão Pública referente a “autonomia em relação ao governo federal”
“Ao longo do intenso debate público que levou à criação da EBC, firmou-se a concepção de que o diretor-presidente deveria ter mandato fixo, não coincidente com os mandatos de Presidentes da República, para assegurar a independência dos canais públicos, tal como ocorre nos sistemas de radiodifusão pública de outros países democráticos. A EBC tem como missão fundamental instituir e gerir os canais públicos, sob a supervisão do Conselho Curador, composto majoritariamente de representantes da sociedade civil”, afirmou a diretoria-executiva da empresa, também por meio de nota.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Comunicação da Presidência disse que não vai comentar o assunto.
Abaixo, nota do Conselho Curador na íntegra:
Conselho Curador se posiciona contra mudanças na direção da EBC
Nesta sexta -feira (13), uma nota publicada no site Os Divergentes divulgou alguns nomes supostamente escolhidos pelo presidente interino Michel Temer para as tarefas da comunicação de seu governo.
Sem entrar no mérito das indicações, qualificações profissionais, ou confirmações pelo governo, é imperativo apontar, em respeito ao interesse público da sociedade brasileira e à legislação vigente, que há equívoco na inclusão da Presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entre os cargos que integram a estrutura de comunicação do novo governo.
A EBC é uma empresa pública, criada pela Lei 11652/08, para desenvolver atividades de comunicação pública e, portanto, de cará ter não mercadológico, político-partidário ou governamental. É dotada de um Conselho Curador formado por representantes do governo, do Congresso Federal, dos trabalhadores e da sociedade civil, responsável por aprovar suas diretrizes de conteúdo e preservar sua independência editorial. Conta ainda com uma Ouvidoria que recebe e encaminha demandas da população que acompanha os veículos. A EBC é também subordinada às deliberações do Consad, Conselho de Administração, constituído por representações da empresa, funcionários e do governo.
A EBC dispõe de uma área de prestação de serviços, a EBC Serviços, que é contratada pelo governo federal para desenvolver coberturas da NBR, mas esta emissora governamental, no entanto, não deve ser confundida com as emissoras públicas próprias da EBC, como a TV Brasil, as agências de notícias e as emissoras de rádio, de car á ter não governamental.
Há que esclarecer que a EBC não é a NBR, emissora de divulgação das atividades governamentais sob gestão direta da Presidência da República e contratante da EBC para atividades específicas, o que pode estar na origem dos equívocos.
Para preservar sua autonomia no desenvolvimento da comunicação pública, a EBC é também dotada de dispositivos legais presentes no artigo 19 da Lei11652/08 que conferem mandato ao seu Diretor-Presidente que, uma vez nomeado, não pode ser destituído a não ser por vontade própria do mandatário ou grave desrespeito aos ditames legais que regem suas funções e responsabilidades, e só por deliberação do Conselho Curador.
O Conselho Curador da EBC, no dever de zelar pela independência editorial e car á ter público da EBC, esclarece que os cargos de Diretor-Presidente e Diretor-Geral da EBC estão ocupados, respectivamente, pelos jornalistas Ricardo Melo e Pedro Varoni, no pleno exercício de suas funções, não havendo portanto amparo legal para substituições extemporâneas.
Conselho Curador da EBC 14 de Maio de 2016
Abaixo, nota da Diretoria Executiva na íntegra:
Diante de notícias sobre a nomeação de um novo diretor-presidente para a Empresa Brasil de Comunicação – EBC, a Diretoria-Executiva da empresa vem esclarecer que:
1, O atual-diretor presidente, jornalista Ricardo Melo, foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff por meio de decreto publicado no dia 03 de maio de 2016, com base na Lei 11.652/2008, que autorizou a criação da EBC.
2. Em seu artigo 19 a lei prevê que o diretor-presidente e o diretor-geral sejam nomeados pelo presidente da República. O parágrafo segundo do mesmo artigo diz que “o mandato do Diretor-Presidente será de quatro anos”.
3. Ao longo do intenso debate público que levou à criação da EBC, firmou-se a concepção de que o diretor-presidente deveria ter mandato fixo, não coincidente com os mandatos de Presidentes da República, para assegurar a independência dos canais públicos, tal como ocorre nos sistemas de radiodifusão pública de outros países democráticos.
4. A EBC tem como missão fundamental instituir e gerir os canais públicos, sob a supervisão do Conselho Curador, composto majoritariamente de representantes da sociedade civil. A lei prevê que caberá também à empresa prestar serviços de comunicação ao governo federal, tais como a gestão do canal governamental NBR e transmissões de atos da administração federal, serviços estes prestados através de unidade específica, a diretoria de Serviços.
5. Pelo exposto, a nomeação de novo diretor-presidente para a EBC antes de término do atual mandato violará um ato jurídico perfeito, princípio fundamental do Estado de Direito, bem como um dos princípios específicos da Radiodifusão Pública, relacionado com sua autonomia em relação ao Governo Federal.
Brasília, 13 de maio de 2016
Diretoria-Executiva da
Empresa Brasil de Comunicação
Michel Temer, na biblioteca do Palácio do Jaburu, horas antes de ser empossado (Crédito: Frederic Jean)
No Palácio do Jaburu, próximo de se deslocar para o Planalto, onde tomaria posse como presidente e nomearia seu ministério, Michel Temer parecia tranquilo e aliviado. Havia finalmente terminado de escalar seu primeiro escalão. Assessores e futuros ministros, como Romero Jucá, Eliseu Padilha, Márcio Freitas e Elsinho Mouco davam os últimos retoques no discurso que Temer faria à nação, enquanto que, na biblioteca, o pequeno Michel brincava desprovido da dimensão do desafio imposto a seu pai.
De nada adiantarão as propostas de aprimoramento da máquina pública se Temer ceder ao fisiológico toma lá, dá cá de cargos. As ofertas sem critérios para postos federais em troca de apoio político ensejaram os principais escândalos de corrupção da história recente, como o mensalão e o Petrolão. Por isso, é imperativo mudar essa lógica. É evidente que um governo precisa de alianças e base parlamentar para aprovar projetos no Congresso. Não à toa, Temer montou o chamado ministério de expressão parlamentar. Dos escolhidos, 13 são deputados ou senadores. Mas os acordos têm de ocorrer de modo republicano. As siglas precisam apresentar nomes qualificados que aceitem se submeter a uma orientação programática. Foi dessa forma que Temer selou a união com o PSDB. Sem dúvida, se levada mesmo a cabo, será uma importante mudança na maneira de lidar com os partidos.
A aliados, o presidente promete ir além da reforma administrativa. A ideia de Temer é adotar um modelo de meritocracia inspirado na iniciativa privada. Funcionários públicos ganharão bônus caso alcancem metas preestabelecidas. No novo formato, as direções de estatais e agências reguladoras deixarão de ser ocupadas por apadrinhados políticos. Seguiriam critérios técnicos. O programa Ponte para o Futuro, espécie de plano de governo do PMDB, defende a criação de leis para estabelecer o modelo de recrutamento para as diretorias de empresas públicas – uma medida que, em vigor, poderia ter evitado o Petrolão. Aprová-la, no entanto, exigirá muito jogo de cintura político. Principalmente, dentro de casa. Desde a redemocratização, o PMDB de Temer é uma legenda insaciável por postos estratégicos no poder – o caso das estatais, empresas, em geral, com verba, caneta e tinta para dar e vender. Espera-se que o novo presidente mantenha até o fim à disposição de comprar brigas em nome da governança.
Um novo ciclo de crescimento e emprego depende da atração do investimento privado, principalmente para as obras de infraestrutura. Para tanto, o Brasil precisa resgatar a confiança dos empresários. A troca de presidente e a volta de Henrique Meirelles à equipe econômica garantem uma lua de mel temporária com o mercado. Mas, para manter o romance, o governo terá de agir com rapidez para promover reformas e melhorar os fundamentos econômicos enquanto o café ainda está quente. O Brasil tem pressa. De olho no relógio, na sexta-feira 13, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se antecipou. Defendeu a adoção de medidas duras para mudar os rumos da economia e um ajuste fiscal com metas plausíveis que mostre a vontade real do País em gastar de acordo com a sua realidade. Não tornando sua dívida impagável em décadas. Para isto, porém, será preciso retirar subsídios e renúncias fiscais que comprometeram o caixa público. Sindicatos e partidos políticos favoráveis ao governo ainda resistem às alterações mais impopulares. O próprio (e necessário) ajuste fiscal ainda é um tema delicado à maioria. São em situações com esta que o novo presidente terá definido o seu lugar na história. Caso ceda, será mais um entre tantos nomes. Se for em frente, arriscando o capital político, poderá ingressar no seleto rol dos estadistas.
O concurso público da Secretaria Municipal de Saúde de Natal segue com as inscrições abertas até o dia 19 de maio e até o momento já registra um total de 54.454 inscritos para concorrer as 1.339 vagas para os cargos de níveis superior e médio, nas áreas administrativas e saúde, com vencimentos básicos que variam entre R$ 998,68 e R$ 5.062,63. As inscrições podem ser feitas pelo site da CKM Serviços (www.ckmservicos.com.br). A taxa de inscrição para o nível médio é de R$ 15,00 e para o ensino superior é R$ 20,00. O concurso será composto por Prova Objetiva com 40 questões de múltipla escolha com quatro alternativas cada. Serão 15 questões de Conhecimentos Gerais, 15 de Legislação do SUS e 10 de Conhecimentos Específicos.
Estão sendo oferecidas 724 vagas para especialistas em saúde de nível superior, como assistente social (20), biólogo (6), biomédico (4), enfermeiro (190), enfermeiro do trabalho (2), farmacêutico (25), farmacêutico bioquímico (22), fisioterapeuta (6), fonoaudiólogo (8), nutricionista (12), odontólogo (45), odontólogo buco-maxilo-facial (2), odontólogo protesista (2), odontólogo ortodontista (2), odontólogo radiologista (2), odontólogo endodontista (2), odontólogo periodontista (2), psicólogo (16), sanitarista (10) e terapeuta ocupacional (2). Todos com remuneração de R$ 3.424,03 e carga horária de 40 horas, com exceção dos cargos de Enfermagem, que é de 30h.
Para a categoria médica, a remuneração é de R$ 4.601,17, com carga horária de 40 horas semanais, com vagas para alergologista (2), anestesiologista (12), angiologista (2), cardiologista infantil (2), cardiologista (2), cirurgião geral (8), clínico geral (127), médico da estratégia de saúde familiar – ESF (20), dermatologista (2), do trabalho (4), endocrinologista (2), endocrinologista infantil (2), gastroenterologia (2), geriatra (4), ginecologista (15), hematologista (2), homeopata (2), infectologista (2), mastologista (2), nefrologista (2), neonatologista (2), neuro cirurgião (2), neurologista (2), neurologista infantil (2), obstetra (20), oftalmologista (2), oncologista (2), ortopedista (4), ortopedista infantil (2), otorrinolaringologista (2), pediatra (19), pneumologista (2), pneumologista infantil (2), proctologista (2), psiquiatra (23), radiologista (2), reumatologista (2), ultrassonografista (2), urgencista (30), urologista (2) e médico veterinário (2).
Para os cargos de nível médio na área da saúde serão 504 vagas distribuídas nas seguintes vagas: auxiliar em saúde bucal, com 40 vagas e remuneração de R$ 998,68 e 40 horas, além de técnico de operação em Raio X (35), técnico em saúde bucal (5), técnico de enfermagem (390), técnico em enfermagem do trabalho (2), técnico em patologia clínica (26), técnico em prótese dentária (4) e técnico em saneamento (2), com remuneração de R$ 1.369,61 e carga horária de 40 horas, com exceção dos cargos da Enfermagem que são 30 horas.
Já na área administrativa, há 30 vagas ofertadas, sendo administrador (5), analista de sistema sênior (2), arte educador (1), contador (1), educador físico (10), educador social (3), estatístico (1), geógrafo (1) e pedagogo (2), com remuneração de R$ 2.396,01 e carga horária de 30 horas. Para os cargos de arquiteto urbanista (1), engenheiro civil (1), engenheiro do trabalho (1) e engenheiro eletricista (1), a remuneração é de R$ 5.062,63, também para 30 horas.
Já os de nível médio na área administrativa, o concurso oferece 81 vagas, divididas em: agente administrativo (50)) e auxiliar de farmácia (20), com remuneração de R$ 1.043,80. E técnico de nutrição (6), técnico em edificações (1), técnico em montagem e manutenção de microcomputadores e impressoras (2) e técnico em segurança do trabalho (2), com remuneração de R$ 1.060,84, todos com carga de 30 horas.
Um dia após Michel Temer assumir interinamente a Presidência da República, aumentou o número de consultorias privadas e de bancos revisando para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017. As novas projeções indicam expansão de até 2,1% no ano que vem. No cenário anterior a estimativa mais otimista era de avanço do PIB de 1,3%.
A melhora nas estimativas de desempenho da economia é sustentada pela expectativa de que o novo governo consiga aprovar no Congresso medidas necessárias para o ajuste das contas públicas. Além disso, há indicadores antecedentes que sinalizam que a atividade já teria atingido o fundo do poço.
O Bradesco, por exemplo, revisou a expectativa de crescimento do PIB de 2017 de 1,3% para 1,5%. Segundo o economista-chefe Octavio de Barros, uma pesquisa mensal do banco com 4 mil empresas mostra “claramente que o pior ficou para trás”. “Os pedidos em carteira na média pararam de cair e os estoques já mostram clara tendência de retração”, observa.
Barros ressalta ainda que o desempenho das vendas de papelão ondulado, fluxo de veículos pesados nas rodovias, vendas de materiais de construção, por exemplo, sinalizam melhora.
Também o Banco Fibra, baseado no desempenho de alguns indicadores antecedentes, acredita que o fundo do poço já tenha sido atingido. O banco revisou de 1% para 2,1% a projeção de crescimento do PIB para 2017. “Diversos indicadores de confiança relacionados ao lado real da economia – indústria, serviços, comércio e construção civil têm mostrado nos últimos meses alguma estabilidade que parece indicar que os empresários destes setores percebem que o pior já passou”, diz o economista-chefe do banco, Cristiano Oliveira em relatório.
Além disso, o economista observa que, uma série de medidas comprometidas com o crescimento, estabilidade macroeconômica e austeridade fiscal que devem ser tomadas pelo novo governo deve melhorar o desempenho da economia.
Imediatismo – Já na quinta-feira, quando Temer assumiu o comando do País, o Credit Suisse divulgou a sua nova previsão de PIB para 2017, de queda de 1% para crescimento de 0,5%. Em relatório enviado a clientes, os analistas apontam que a articulação política será determinante para reversão da recessão.
Os analistas afirmam que a mudança do cenário adverso requer aprovação de medidas no Congresso nas áreas da Previdência, do mercado de trabalho e do sistema tributário, atuações para elevar a produtividade da economia e ações emergenciais para reduzir o déficit primário, englobando corte de gastos, redução das renúncias tributárias e alta de tributos.
Enquanto há bancos e consultorias que já alteraram as projeções outros aguardam as próximas semanas para alterá-las, mas já colocaram o viés de alta. A Rosenberg Consultores ainda mantém dois cenários para o crescimento do PIB em 2017, um negativo com queda de 0,8% e outro positivo com um avanço de 1%.
Mas, segundo a economista-chefe da consultoria, Thaís Zara, essa previsão deve ser alterada para um crescimento de 1% a 1,5% no PIB do ano que vem. A mudança se baseia em indicações de que o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, terá base parlamentar necessária para aprovar as mudanças necessárias para fazer o ajuste fiscal e da Previdência.
A consultoria MB Associados é outra que ainda não mudou a previsão do PIB para 2017, mas colocou um viés de alta. Sergio Vale, economista-chefe, diz que, por ora a previsão de expansão é de 0,6%, mas acredita ser provável alcançar alta de 1% a 2%. “Estamos esperando as primeiras medidas, especialmente como elas serão levadas no Congresso e se conseguirão ser aprovadas sem muitos percalços.”
O último boletim de balneabilidade das praias do litoral do Rio Grande do Norte, divulgado pelo IDEMA e IFRN (Programa Água Azul) definiram que a água no acesso principal da Praia de Ponta Negra em Natal está com alto índice de coliformes fecais, e portanto, imprópria para o banho.
A foz do Rio Pirangi, em Nízia Floresta, e a praia da Redinha próximo ao rio Potengi, também se encontram impróprias para o banho.
Augusto Lima é o coordenador do MARCCO-RN (Imagem: Reprodução)
O Movimento Articulado de Combate à Corrupção do Rio Grande do Norte (MARCCO-RN) emitiu nota, nesta sexta-feira (13), contra a iniciativa do presidente interino Michel Temer (PMDB) de extinguir a Controladoria Geral da União (CGU), colocando suas atribuições para o Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle, que tem como titular o ministro Fabiano Silveira.
As entidades que compõem o grupo pedem a Temer que “não tome medidas que enfraqueçam ou mitiguem a atuação da CGU, em atenção à atual quadra social e histórica do Brasil, largamente representativa do enfrentamento da corrupção”. O Movimento ponderou que a CGU vem perdendo grande parte de sua autonomia e atribuições, nas reformas ministeriais, e defendeu o fortalecimento do órgão, já instinto pelo presidente interino.
“Consciente de que a atual conjuntura política e econômica requer o fortalecimento dos mecanismos de controle interno, o MARCCO-RN reconhece o protagonismo que a CGU assumiu, desde a sua criação, na implantação de políticas de prevenção e de combate à corrupção, tendo alcançado marcas como a expulsão de mais de cinco mil servidores públicos federais pela prática de irregularidades diversas”, diz a nota.
Na avaliação do MARCCO-RN, a ampliação desses resultados depende da consolidação da CGU como um órgão permanente, de carreira, como prevê a PEC 45/2009, atualmente em tramitação. “Com este posicionamento, reforçamos o nosso compromisso de lutar ao lado da sociedade na prevenção e no combate à corrupção, e solicitamos publicamente aos parlamentares do Rio Grande do Norte empenho na celeridade da tramitação, no da Proposta de Emenda à Constituição, bem como para sua aprovação”, cobra o Movimento.
O grupo citou, em especial, os senadores José Agripino (DEM), Garibaldi Filho (PMDB) e Fátima Bezerra (PT), ao pedir apoio para acelerar a tramitação da matéria no Senado Federal.
Integram o MARCCO/RN as seguintes instituições públicas e privadas:
Associação de Magistrados do RN; Associação do Ministério Público do RN; Associação dos Juízes Federais do RN; Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho no RN; Controladoria Geral do Município de Natal; Controladoria-Geral da União no RN; Delegacia da Receita Federal do Brasil em Mossoró; Delegacia da Receita Federal do Brasil em Natal; Ministério Público do Estado do RN; Ministério Público do Trabalho/PRT 21a Região; Ministério Público Federal /PRRN; Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas do Estado do RN; Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional RN; Procuradoria da Fazenda Nacional/RN; Procuradoria da União no RN; Procuradoria Federal no RN; Secretaria de Estado da Tributação do RN; Superintendência da Polícia Federal no RN; Superintendência da Polícia Rodoviária Federal no RN; Superintendência do Patrimônio da União no RN; Superintendência da Agência Brasileira de Inteligência no RN; Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no RN; Tribunal de Contas da União/Secex-RN; Tribunal de Contas do Estado do RN; União dos Auditores Federais de Controle Externo no RN; Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Na tarde de 16 de março, o cenário político nacional, já tumultuado, ganhava novos elementos após a divulgação do grampo telefônico autorizado pelo juiz Sérgio Moro de uma conversa entre Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff. No diálogo, Lula se referia à cidade de Curitiba, onde começou a Operação Lava Jato, como “República de Curitiba” e, ao finalizar a conversa se despedia de Dilma com um “Tchau, querida”.
A expressão, que esteve no trending topics do Twitter e é fruto de vários memes, em função da votação do processo de impeachment da presidente por parte do Senado, virou motivos de camisetas, se fez presentes nas manifestações de rua contrárias ao governo Dilma e transformou-se em um recurso de citação por parte de diversos veículos nacionais e também pela imprensa estrangeira.
Thiago Cardoso, publicitário e fundador da agência Carlin Creativ Consulting, responsável pela criação da página “República de Curitiba” no Facebook, explica que a ideia de se apropriar das expressões e transformá-las em um viral surgiu em um bate papo de amigos. “A gente fez primeiro algumas camisetas para apoiar a Operação Lava Jato e a intenção de colocar outdoors pela cidade veio em seguida. “Conseguimos apoio de empresários que defendem o impeachment para poder fazer os outdoors”, explica Cardoso. Um dos parceiros na colocação dos anúncios foi a RPO e a Menezes Outdoor e a ajuda operacional ficou por conta dos funcionários da própria agência Bruno Dalla Bona, atendimento, Luiz Molina, atendimento e Claudia Nadalin, mídia.
“As pessoas estavam desconfortáveis utilizando a camisa da seleção brasileira nas passeatas, pois ela não ilustrava a real indignação que estavam sentindo. Quando ouvi a conversa grampeada e as expressões República de Curitiba e Tchau,querida, senti que eram os ganchos perfeitos para criar as camisetas”, detalha Thiago. O publicitário garante que o movimento criado em torno do termo não possui fim lucrativo, mas comemora a marca de dez mil camisetas vendidas e a adesão da campanha por parte de celebridades como o apresentador Danilo Gentili e o lutador Wanderley Silva.
Sobre o modelo de negócios estabelecido por meio da marca, Thiago explica que não chegou a faturar pois pulverizou a venda autorizando pessoas a revender materiais com a mensagem apenas com o objetivo de potencializar a imagem. Questionado se não estaria sendo oportunista, Thiago rebate: “somente fiz uso do meu ofício, como publicitário, para utilizar a criatividade como ferramenta catalizadora de um discurso em prol do meu país. Sinto-me na verdade orgulhoso pela repercussão e por estar, de certa forma, fazendo parte de um momento crucial da história do Brasil”.
Apesar de ter incluído a ação no portfólio de sua agência, o publicitário não vê um grande impacto em seus negócios, prefere ficar com a sensação de que sua ideia contribuiu para uma discussão política.
Pixuleco
No ano passado, algo semelhante ocorreu após o publicitário alagoano criar o Pixuleco, um boneco inflável que mostra o ex-presidente Lula vestido de presidiário e faz referência ao termo usado por João Vaccari, ex-tesoureiro do PT, que significava propina . A caricatura também ganhou as ruas e gerou vários produtos como réplicas de bonecos, camisetas, selos e adesivos.
Capa da penúltima edição da Veja faz menção ao termo. (Imagem: Reprodução)
Thiago Cardoso, Tiago Guetter, Carlos Vecchi, Felipe Bertoncello, Luiz Molina e Arthur Ceschin. (Imagem: Arquivo)
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