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Categoria: Diversos

William Waack estreia programa com plateia no dia 13 de abril

É a primeira investida do jornalista, que foi afastado da Rede Globo em dezembro do ano passado.(- Globo/Ramón Vasconcelos)

William Waack vai lançar um programa com plateia no dia 13 de abril.Transmitido através do YouTube e Facebook simultaneamente, o “PainelWW” é a primeira investida do jornalista, que foi afastado da Rede Globo em dezembro do ano passado.

Segundo o portal UOL, o programa será semanal, sempre às sextas a partir das 14h, com exibição ao vivo diretamente de um estúdio no bairro do Morumbi, em São Paulo.

“Vamos priorizar convidados de qualidade e foco nos grandes temas em evidência, interagindo com internautas e uma plateia formada por jovens”, afirmou Waack.

Já a plateia, que poderá interagir com o apresentador e os convidados, será na sua maioria formada por jovens. Os internautas também poderão mandar perguntas.

Ainda segundo o portal UOL, esse programa é uma parceria da ALLTV, do jornalista Alberto Luchetti, com a produtora Infiniti, de José Emílio Ambrósio.

“Criamos uma estrutura altamente profissional e experiente, o que me motiva para o contato renovado com o público e a introdução de características que sempre desejei adotar em meu trabalho. A interatividade hoje é peça fundamental para a abordagem de temas essenciais, no ano eleitoral mais importante da história recente do país”, finalizou Waack.

Karla Veruska participa de caminhada pela conscientização do autismo

Pré-candidata a deputada estadual, Karla Versucadeivulgou o evento em suas mídias sociais. (Reprodução/Facebook)

 

Presidente estadual do Avante e pré-candidata a deputada estadual, Karla Verusca abraçou a causa da conscientização sobre o autismo no ano passado, e participa, no próximo domingo, dia 08, da IV Caminhada pela Conscientização do Autismo.

Realizada pelo Núcleo de Integração Sensorial (NIS), em parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Autistas do RN – APAARN , o evento tem como objetivo promover a conscientização deste movimento, que ainda busca pelo seu espaço social e por mais incentivos de ações públicas.

O envolvimento de Karla Verusca com a causa do autismo é também compartilhado pelo esposo, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Natal, Raniere Barbosa, sendo ele o autor de Projetos importantes voltados para o assunto, como o PL 6.691/17, que institui o Program Censo de Inclusão do Autista,  para análise do quantitativo e da identificação do perfil socioeconômico das pessoas com o transtorno, além do PL 6.748/17, que obriga os estabelecimentos públicos e privados de Natal a inserir nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo.

Em postagem nas redes sociais, Karla Verusca divulgou a caminhada, que está programada para iniciar às 15h30, com concentração no Centro de Convenções, na Via Costeira. As camisetas do evento estão sendo vendidas pelo valor de R$ 20,00 e podem ser adquiridas pelo telefone 9 9965-0815, falar com Ana Paula.

FOTOS: casal homossexual é acusado de fazer sexo explícito em praia de Pernambuco e cenas geram revolta em internautas

Vem causando revolta nas redes sociais a ousadia de um casal de homossexual que resolveram fazer sexo, de forma explícita, na praia turística de Muro Alto, no litoral pernambucano. O episodio, que teria sido protagonizado na última quinta-feria, 22, na frente banhistas – inclusive crianças – , foi noticiado pela TV Ipojuca On line. Segundo a postagem feita pela TV Cabo no Facebook, não se tem notícias nem registro de que foi tomada qualquer providências pela fiscalização por parte da Prefeitura, nem da Polícia Militar.
Diante da repercussão do caso, a fotógrafa Daniela Ferro alega que tudo se tratou de um ensaio fotográfico é que não teve sexo, indignada disse que “irá denunciar a página na Delegacia que o que está escrito na página não é verdade”.

Em sua página do Facebook, o internauta pernambucano, Antônio José Monteiro, considera a cena uma “vergonha” e cobra explicações do Presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas. 

Escolha o assento certo no avião para evitar doenças e se contaminar com germes

Segundo o The New York Times,  os cientistas realizaram cinco voos de ida e volta de Atlanta para as cidades da Costa Oeste, quatro deles durante a temporada de gripe. Cada um dos voos teve 14 pesquisadores a bordo para observar passageiros e tripulantes. Ao todo, eles registraram os movimentos de 1.540 passageiros e 41 tripulantes. Durante as viagens, eles observaram quais pessoas eram mais ativas e como os indivíduos estavam posicionados em relação a um passageiro doente a bordo. Eles também coletaram 229 amostras de ar e superfície em todos os voos e nenhuma delas mostrou evidência de qualquer um dos 18 vírus respiratórios comuns.

As observações revelaram um “mapa” detalhado dos movimentos dos passageiros: pessoas nos assentos do corredor tendem a ter maior probabilidade de se movimentar. “A proximidade ao corredor também foi associada ao movimento. Cerca de 80% dos passageiros em assentos no corredor se levantaram durante os voos, em comparação com 60% dos passageiros em assentos centrais e 40% em assentos de janela. Os passageiros que deixam seus assentos ficam fora por 5 minutos, em média”, afirmou Vicki Stover Hertzberg, pesquisadora e professora de enfermagem da Universidade Emory, em nota.

A trajetória da infecção dos germes parece ser bastante estável. Como era de se esperar, as pessoas que se sentam mais perto de um indivíduo que tosse e espirra são as mais propensas a pegar os microrganismos dispersos. “Somente a tripulação e os passageiros em dois assentos laterais ou em uma fila [na frente ou atrás do passageiro infectado] provavelmente estarão em contato com os germes. A transmissão direta da doença fora da área de um metro do viajante infectado é improvável”, disse Howard Weiss, co-autor da pesquisa. Ele ainda revelou que é possível que um passageiro doente infecte outros dois viajantes.

É menos provável que um passageiro seja infectado por um membro da tripulação, já que eles são menos propensos a ir trabalhar quando estão doentes. Mas se um membro da equipe tiver gripe, por exemplo, é possível que ele infecte uma média de 4,6 passageiros. Isso porque, segundo os cientistas, cada membro da tripulação esteve em contato com passageiros por 67 minutos, tornando mais provável que um comissário de bordo doente distribua germes, caso não sejam cuidadosos.

No entanto, os grandes focos de germes são as superfícies com as quais se entra em contato quando a bordo de um avião, como mesas de bandejas, fivelas de cinto de segurança e puxadores de portas de banheiros. Mas esse perigo pode ser minimizado se os passageiros e as tripulações higienizarem as mãos com álcool em gel, desinfetante para as mãos e lenços umedecidos, que podem ser levados na bagagem de mão, e mantiverem as mãos longe do nariz e dos olhos.

Fonte: Veja

Campanha arrecada alimentos e itens de higiene para crianças da Amico

Até o dia 14 de abril, a Sodiê Natal, Farol Marcas e Patentes, Rocas Criativa, Bulls Potiguares e Mosaïque Comunicação promovem uma campanha social de doação de alimentos e itens de higiene pessoal. Neste período, o grupo arrecadará os produtos que serão destinados à Associação Amigos do Coração da Criança (Amico).

A doação será realizada na loja da Sodiê em Natal, localizada na Av. Prudente de Moraes, 1869, Barro Vermelho (de segunda a sábado, das 10h às 19h e domingo e feriados, das 11h às 17h). A cada item doado o cliente ganhará um cupom para concorrer a um sorteio de Kit Festa nº1 da Sodiê.

Além das doações, a campanha terá também ações especiais durante o mês para fortalecer as doações. O novo bolo da Sodiê Doces, Alpino, participará da campanha. Até o dia 28 de março, 5% de toda a venda do produto será revertido para a ação social. Uma ótima oportunidade para conhecer o novo sabor que está fazendo sucesso na maior franquia de bolos artesanais do país e ainda ajudar as crianças da Amico.

A campanha também terá uma pelada beneficente de futsal, aulão fitness solidário na academia Torkefit, aulão solidário do Bulls e palestra na UFRN. A meta dos envolvidos é arrecadar 1.5 toneladas de alimentos e itens de higiene para serem doados à Amico.

Sobre a Amico:
Cuidando desde 2006 da saúde das crianças cardiopatas do RN, a Associação Amigos do Coração – AMICO realiza ações como: consultas e procedimentos cardiológicos, consultas com outras especialidades médicas, exames, assistência social integral, atendimento odontológico, distribuição de medicamentos, assistência psicológica, transporte, doação de vestimentas, assistência nutricional – com doação de leites e suplementos nutricionais especiais -, atividades de lazer, eventos educacionais e comemorativos. Somente em 2017, foram mais de 17 mil atendimentos (17.493) em todas as ações, seja durante o acolhimento das crianças na casa, seja as atendendo com consultas. A Amico acolheu, somente no ano passado, 386 crianças juntamente com seus acompanhantes, garantindo-lhes acomodação digna, seis refeições diárias, material de higiene pessoal, medicamentos, transporte aos locais de consultas e exames. Foram cadastradas, neste mesmo período, 280 novas crianças, que passaram a receber assistência pelos profissionais (colaboradores, parceiros, voluntários e funcionários) que fazem a AMICO.

Mesmo com decisão do TST, governo não descarta privatização dos Correios

Mesmo com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que obriga os empregados dos Correios e seus dependentes a pagar mensalidade para manter os planos de saúde, o governo não descarta a privatização da empresa pública. “Os correios estão em uma situação muito difícil. Eu sei que é muito difícil cortar direitos dos trabalhadores, mais triste é você fechar uma empresa porque ela está insolvente”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

“O governo brasileiro, diante da conjuntura econômica muito difícil, tem deixado claro que o Tesouro não colocará recursos nos Correios”, ressaltou ele, explicando que a direção da empresa está avaliando qual será a nova realidade diante da decisão do TST.  “Ou os Correios diminuem suas despesas ou vão passar por um processo de privatização”, disse durante sua participação, hoje (13), no Programa Por Dentro do Governo, da TV NBR.

Ontem (12), o tribunal julgou a ação de dissídio coletivo que havia sido ajuizada pelos Correios ainda no ano passado, quando não houve acordo entre empregados e direção sobre a revisão do Postal Saúde no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A principal mudança é a introdução da cobrança de mensalidade dos empregados e seus dependentes (cônjuges e filhos), conforme faixas etária e remuneratória. Até então, os empregados e seus familiares que usavam o plano pagavam apenas um percentual por consulta ou exame, de acordo com uma tabela remuneratória do plano.

Segundo Kassab, a proposta inicial da direção da empresa era mais ampla, prevendo a manutenção do plano apenas para funcionários ativos e aposentados e a criação de um outro plano para todos os dependentes. Além dos mais de 140 mil funcionários da ativa e aposentados dos Correios, o Postal Saúde atendia a outras 250 mil pessoas, totalizando aproximadamente 400 mil vidas.

Para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a empresa não onera o governo federal ou o bolso do cidadão com arrecadação de impostos. “Ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões”, informou. “Com todos os erros e ingerências políticas na administração dos Correios, a direção da estatal promove essas e outras retiradas de direitos dos próprios trabalhadores, responsabilizando-os pelos danos da ECT.”

Para o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, os Correios vem em um processo de sucateamento. “Não vai privatizar os Correios, mas vai pegar aquilo que a gente tem de bom e entregar a iniciativa privada, como a parte de logística, a marca Sedex e a rede de agências. Os Correios são uma empresa viável, ela precisa ser melhor administrada”, disse.

Sobre a decisão do TST, Silva diz que será difícil para os trabalhadores pois o pagamento do plano de saúde acabará reduzindo ainda mais o salário da categoria. O salário médio dos trabalhadores dos Correios é R$ 1,6 mil, “o pior salário entre empresas públicas e estatais”, segundo a federação.

Denúncia a OIT

Segundo Silva, a decisão do TST “rasgou” a jurisprudência do tribunal com a revisão de uma cláusula do Acordo Coletivo, que vence apenas em julho. Por isso, a entidade pretende apresentar uma denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a decisão. A diretoria da federação também está reunida com a assessoria jurídica para esclarecer as dúvidas e traçar novas estratégias de defesa. A decisão do TST ainda cabe recurso no próprio tribunal e ao Supremo Tribunal Federal.

Ontem (12), os trabalhadores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado contra as mudanças no plano de saúde da empresa. De acordo com a Fentect, 31 sindicatos da categoria aderiram a greve. Hoje, após a decisão do TST, 18 permanecem no movimento paredista. Na tarde de hoje, os sindicatos farão novas assembleias para avaliar o futuro da greve.

 

Promovec leva qualidade de vida à Praia de Cotovelo

Com a proposta de levar qualidade de vida à Praia de Cotovelo, a atual diretoria da Associação dos Proprietários, Moradores e Veranistas da Praia de Cotovelo (Promovec), presidida pelo arquiteto, urbanista e corretor de imóveis Esam Elali, tem se empenhado na execução de projetos que estão transformando o dia-a-dia do litoral de Parnamirim. E, de todos os projetos, a segurança tem sido a prioridade.

Desde outubro de 2017, a Promovec está com uma ronda motorizada, atuando ininterruptamente. “Agora a Praia de Cotovelo tem internet de fibra ótica e o próximo passo será a instalação de câmeras de monitoramento nas ruas”, disse Esam Elali, que estuda a viabilidade de incluir um drone no monitoramento.

Fundada em 11 de fevereiro de 1987, a Promovec passou a cumprir um papel social de fundamental importância para a comunidade local no ano de 2017, quando a atual diretoria assumiu e iniciou um trabalho de excelência, buscando envolver os moradores. Em fevereiro deste ano foi lançada a 1ª. Gincana Ambiental do Litoral de Parnamirim em parceria com alunos de seis escolas públicas de Pium e Pirangi. “Trabalhamos desenhos com as crianças de educação infantil, histórias em quadrinhos com o ensino fundamental I e vídeos com o fundamental II”, disse o presidente, acrescentando que os alunos do ensino médio desenvolvem redações e artigos de opinião, com o tema “a importância da limpeza urbana para a saúde: participação da comunidade”.

Esam Elali, que também é corretor de imóveis e pretende disputar a presidência do CRECI este ano explicou que ao final da gincana, os alunos participantes terão como premiação bicicletas, tablets e mochilas escolas nas quatro modalidades. Em parceria com a ONG Atitude, na sede da Promovec, são realizadas aulas e treinos de judô para crianças e adolescentes da região, de segunda a sexta-feira. “Já tivemos um judoca que representou o RN no campeonato Sul americano de judô em Lima, no Perú. ”Oportunamente, eu dou aulas de xadrez às crianças e também um associado ministra aulas de origami”, contou Esam Elali.

Em fevereiro, a II Cotovelada com a banda de Pium, atraiu centenas de foliões que puderam brincar o carnaval de forma saudável e em segurança.

De acordo com Octávio Lamartine, coordenador de eventos, para o dia 31 deste mês, a Promovec irá promover em sua sede, o 2º. Bingo Beneficente, a partir das 11 horas. As cartelas estão à venda por R$ 25,00. E os prêmios são uma panela elétrica, um multiprocessador, uma caixa térmica 34l, uma caixa de som JBL GO e um tablet 7″ Wi-FI. Na ocasião, serão comercializados espetinhos, caldinhos e bebidas. “A ideia é com esse tipo de evento não apenas angariar recursos que serão revertidos em prol da comunidade, mas também uma forma de trazer essas pessoas para a Promovec”, disse Lamartine.

SERVIÇO:

Bingo da Promovec

31/03 a partir das 11 horas

Avenida Edgardo de Medeiros, 2.345, Praia de Cotovelo, Parnamirim.

Vendas das cartelas:

Octávio 99988.9921

Roberta 99701.5245

Fabiano: 99945.3090

Diretoria executiva da Promovec:

Esam Giries Elali, diretor presidente

José Nascimento de Araújo (vice-presidente)

Floriano Cavalcanti de Albuquerque Neto,diretor financeiro

Lawrence Silveira Santiago, diretor financeiro adjunto

Roberta Oliveira Xavier, diretora secretária-geral

Alzirene Nunes de Carvalho, diretora secretária adjunta

IBGE: mulheres ganham menos que homens mesmo sendo maioria com ensino superior

Mesmo em número maior entre as pessoas com ensino superior completo, as mulheres ainda enfrentam desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens. Essa disparidade se manifesta em outras áreas, além do item educação. É o que comprova o estudo Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Tomando por base a população de 25 anos ou mais de idade com ensino superior completo em 2016, as mulheres somam 23,5%, e os homens, 20,7%. Quando se comparam os dados com homens e mulheres de cor preta ou parda, os percentuais são bastante inferiores: 7% entre os homens e 10,4% entre mulheres.

Em relação ao rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhos e razão de rendimentos, por sexo, entre 2012 e 2016, as mulheres ganham, em média, 75% do que os homens ganham. Isso significa que as mulheres têm rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhos no valor de R$ 1.764, enquanto os homens, R$ 2.306.

A economista Betina Fresneda, analista da Gerência de Indicadores Sociais do IBGE explica que os resultados educacionais não se refletem necessariamente no mercado de trabalho. Segundo ela, as mulheres, por terem nível de instrução maior do que os homens, não deveriam ganhar o mesmo salário, em média, deles. “Deveriam estar ganhando mais, porque a principal variável que explica o salário é educação. Você não só não tem um salário médio por hora maior, como na verdade essa proporção é menor.”

Também a taxa de frequência escolar líquida ajustada no ensino médio em 2016 exibe maior percentual de mulheres (73,5%) que de homens (63,2%). A média Brasil atingiu 68,2%. Estudos mostram que o ambiente escolar é mais adequado ao tipo de criação dado às meninas, em que se premia a disciplina, por exemplo, disse a analista. “Tem mais a ver então com características da criação das meninas. Outros estudos mostram que, a partir do ensino médio, por exemplo, os homens começam a conciliar mais estudo e trabalho do que as mulheres. Diversos fatores que estão associados a papéis de gênero.”

Em termos de rendimentos, vida pública e tomada de decisão, a mulher brasileira ainda se encontra em patamar inferior ao do homem, bem como no tempo dedicado a cuidados de pessoas ou afazeres domésticos. A pesquisa confirma ainda a desigualdade existente entre mulheres brancas e negras ou pardas.

No tópico da educação, o estudo procurou ressaltar também que entre as mulheres, as desigualdades são marcantes. As mulheres brancas alcançam superior completo em proporção duas vezes maior que as pretas ou pardas. “Então, existe um efeito também da cor da pessoa na chance de concluir o ensino superior”, destacou a economista.

O IBGE reuniu informações de três pesquisas no levantamento: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), partindo da base do Conjunto Mínimo de Indicadores de Gênero (Cmig), proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU). Somaram-se a isso dados do Ministério da Saúde, do Congresso Nacional e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação (Inep). Os indicadores apurados foram agrupados em cinco temas: estruturas econômicas e acesso a recursos; educação; saúde e serviços relacionados; vida pública e tomada de decisões; e direitos humanos de mulheres e crianças. Dependendo do indicador, o período analisado vai se 2011 a 2016.

Estruturas econômicas

De acordo com o estudo, o tempo dedicado aos cuidados de pessoas ou a afazeres domésticos é maior entre as mulheres (18,1 horas por semana), do que entre os homens (10,5 horas por semana). Na média Brasil, são dedicadas por homens e mulheres 14,1 horas por semana a esse tipo de trabalho. “Por qualquer nível de desagregação que a gente faça, seja por regiões, como por raça ou por grupo de idade, há mulheres se dedicando com um número de horas bem maior do que os homens a esse tipo de trabalho”, ressaltou a pesquisadora do IBGE, Caroline Santos.

Para Caroline, esse indicador é importante porque dá visibilidade a um trabalho não remunerado, que é executado pelas mulheres, dentro de casa. E tem pouca visibilidade. Por regiões, verifica-se que no Nordeste, as mulheres dedicam um número maior de horas a cuidados, nesse tipo de atividade (19 horas por semana, contra 10,5 horas semanais dos homens).

Caroline destacou que por cor ou raça existe o agravante histórico, característico da formação do país, em que as mulheres pretas ou pardas se dedicam mais a esse tipo de trabalho não remunerado. De acordo com o estudo, as mulheres pretas ou pardas dedicam 18,6 horas semanais para cuidados de pessoas ou afazeres domésticos, contra 17,7 horas entre as mulheres brancas.

Tempo parcial

Segundo o estudo do IBGE, a dupla jornada fica nítida para as mulheres quando elas têm que se dividir entre os afazeres domésticos e o trabalho pago. Isso faz com que elas sejam obrigadas a aceitar, em alguns casos, trabalhos mais precários, afirmou Caroline.

Para mostrar como a carga horária é um diferencial na inserção de homens e mulheres no mercado de trabalho, quando se aborda o tempo parcial, verifica-se que o número de mulheres apresenta um percentual maior (28,2%) do que o de homens (14,1%).

Por cor ou raça, 31,3% das mulheres pretas ou pardas estão no trabalho por tempo parcial, ante 25% de mulheres brancas.

Representatividade

No que se refere à questão da representatividade, o estudo divulgado pelo IBGE evidencia que as mulheres são sub-representadas em várias áreas, não só na vida política, como no Congresso Nacional e cargos ministeriais, mas também nos cargos gerenciais, nos cargos públicos e privados e na instituição policial.

De acordo com a pesquisadora do IBGE Luanda Botelho, o Brasil está mal posicionado no ranking de países que informaram à organização Inter-Parliamentary Union (IPU) o percentual de cadeiras em suas câmaras de deputados ocupadas por mulheres em exercício. Em dezembro de 2017, o Brasil ocupou a 152ª posição entre 190 países, com 10,5%, atrás de nações com histórico de violência contra a mulher, inclusive. Na comparação mundial, Luanda definiu como grave a situação do Brasil, que mostra o pior resultado entre os países sul-americanos.

A pesquisadora destacou que o Brasil há ainda uma participação feminina reduzida nos cargos ministeriais. Em 13 de dezembro do ano passado, dos 28 cargos de ministro, apenas dois eram ocupados por mulheres.

Segundo o IBGE, as mulheres estão em desigualdade com os homens no que se refere aos cargos gerenciais, tanto no setor público quanto no privado. Considerando cargos gerenciais por sexo, segundo os grupos de idade e cor ou raça, 62,2% dos homens ocupavam cargos gerenciais, em 2016, contra 37,8% das mulheres. Nas faixas etárias mais jovens, entre 16 a 29 anos de idade, em especial, as mulheres apresentam melhor desempenho: 43,4% contra 56,6% de homens.

A participação de mulheres no efetivo das polícias civil e militar no Brasil é um indicador importante para avaliar a representatividade da mulher e também está associada à política nacional contra a violência contra a mulher. A lei prevê que a mulher vítima de violência seja atendida, preferencialmente, por policiais do sexo feminino. Mas ainda é pequena a participação feminina nas duas corporações. Em 31 de dezembro de 2013, as mulheres representavam 13,4% do efetivo ativo das polícias militares e civis no país, de acordo com dados da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic).

No total Brasil, a proporção de mulheres no efetivo das polícias civis dos estados brasileiros atingia 26,4%, em dezembro de 2013, enquanto a participação nas polícias militares era de 9,8%.