Refletores da Fama
EUA: O DUELO DA TV
Não houve vencedores, nem perdedores, no esperado debate de ontem (22) entre Donald Trump e Joe Biden. Num clima civilizado, mas hostil nas mútuas acusações de cunho pessoal, ocorreu sem as frequentes interrupções do primeiro debate. Não houve nenhum revelação sensacional, com um Trump mais contido, em parte, por força do novo regulamento. Ator sóbrio, sem o estrelismo do adversário, Biden não se deixou intimidar, não se descontrolou, teve bom desempenho tanto na defesa como no contra-ataque.
É altamente improvável que o debate tenha alterado substancialmente o pêndulo dos votos, seja a favor ou contra Trump.
O TRAUMA DE 2016
Foi a maior surpresa desde 1948, quando Harry Truman foi dormir como ex-presidente e acordou como presidente reeleito. Na manhã de 8 de novembro de 2016, ao sair da cabine de votação Hillary Clinton não escondeu da imprensa que já se sentia como a presidente dos EUA. A visível euforia era justificável, pois, nas últimas semanas, dias e horas, todas as pesquisas indicavam a sua inquestionável vitória – sacramentada na manchete do New York Times.
Ai, então, Donald Trump venceu na Flórida – era o começo do desmonte do castelo de cartas da candidata do Partido Democrata.
O FINAL SERÁ DIFERENTE EM 2020?
Por coincidência, o mesmo voltou a ocorrer nas eleições deste ano. Todas as pesquisas estão sinalizando para a vitória de Joe Biden. Até a pontuação há vinte dias da eleição é semelhante: cerca de 10% de vantagem sobre Trump.
Entretanto, por causa do que ocorreu em 2016, há uma espécie de medo subjetivo de que o vilão republicano não esteja eleitoralmente morto. E Joe Biden é o primeiro a alertar: “Ainda não ganhamos. Tudo ainda pode acontecer. Não deixe de votar”.
A PRESENÇA CHINESA NA TELEVISÃO
O programa transmitido pela BandNews, produzido em Pequim, é ostensivamente promocional. Até o texto em português é lido por locutora chinesa. Já vem pronto e editado. Dizem que faz parte de uma acordo comercial com o Grupo Bandeirantes.
A CHINA E O GRUPO GLOBO
Depois de ter expulso (pelo menos) três correspondentes estrangeiros este ano, o governo chinês aprovou o nome de um jornalista brasileiro – o primeiro sul-americano. Trata-se de Marcelo Ninio, que já pertenceu à equipe de a Folha de S. Paulo (2007-2009), cujos artigos começaram a ser publicados nas redes do sistema Globo.
E AS AMEAÇAS DE BOLSONORO À DEMOCRACIA? – “Uma série de decisões do STF acabaram contrariado o Executivo. Mas, em nenhum momento vislumbrei qualquer possibilidade de ruptura institucional ou de ruptura democrática”. (Alexandre de Moraes: outubro de 2020).
O QUE SE DISSE ONTEM, SE DIZ HOJE – “É preciso criar limites severos a gastos estaduais e municipais” (Maílson da Nóbrega, economista: 2016).
A MORTE DA ESTRELA DOS CABELOS RUIVOS
Rhonda Fleming faleceu quarta-feira, 14, mas só foi confirmada sábado, 17, pela sua assistente pessoal, Carla Sapon. Estava internada no hospital Saint John’s Health Center, em Santa Monica. Tinha 97 anos e não foi revelada a causa da morte.
Nascida em Hollywood, Los Angeles, em 10 de agosto de 1923, com o nome de Marilyn Louis, tinha 1,67 de altura e cabelos ruivos. Sua carreira começou em 1943 e somente em 1945( em Quando Fala o Coração), seu nome apareceu pela primeira vez nos créditos – e não saiu até 1980.
Sua beleza tomava conta da tela nos filmes coloridos dos anos 40 e 50, o que, na opinião dela, lhe foi prejudicial: “Toda a atenção da imprensa era direcionada para minha aparência, e não para minha atuação”. Era também fotogênica em P & B, como se pode ver em filmes como No Silêncio de Uma Cidade, filme de Fritz Lang de 1956.
O PASSADO ATRAPALHANDO O PRESENTE
O senador Jean, que era suplente de Fátima Bezerra e é candidato à prefeitura de Natal, estreou no programa eleitoral como uma nova cara do PT. A sua imagem pessoal é boa. Ele é descontraído. Calmo. Discretamente simpático. Não evidencia o rancor, o radicalismo extremado, predominantes nos palanques da esquerda ou da direita.
De repente, ocorreu um grave e inesperado erro de marketing: a evocação de Dilma Rousseff – cuja imagem está associada a uma devastadora crise econômica e a 14 milhões de desempregados. Uma ex – presidente que, em tudo e por tudo, é o oposto da imagem que a televisão está passando de Jean para o eleitor natalense.
O ESQUECIDO
Na terra dos esquecidos, merece registro especial o gesto do deputado estadual Tomba Farias convidando o ex-deputado federal Henrique Alves para ir a Santa Cruz.
A cidade comemorava no domingo (18) a chegada do teleférico que será instalado para transportar os fiéis até a estátua de Santa Rita de Cássia, inaugurada quando Tomba era prefeito.
Henrique deu seu apoio ao projeto quando era o mais influente dos políticos do RN em Brasília – hoje, esquecido por muitos dos prefeitos que lhe foram pedir ajuda, não foi esquecido por Tomba.
Fica o nosso registro e os aplausos ao deputado Tomba Farias.
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