O que já foi uma das principais indústrias do Rio Grande do Norte, implantada há cerca de 10 anos pelo empresário Eduardo Patrício, a empresa Multidia Indústria e Comércio S/A se transformou hoje numa imensa massa falida, cujo futuro se transformou uma “querela” judicial que está em pauta nas conversas do meio empresarial potiguar.
No olho do furacão encontra-se o empresário Carlo Farias, representante do grupo João de Barro, que administra a companhia desde 2015.
Carlos Farias mostra-se contrário a uma decisão da justiça potiguar, datada de 19 de julho deste ano e assinada pelo juiz Felipe Barros, da 3ª Vara da Comarca de Macaíba, que sacramentou a falência definitiva da empresa, que por sua vez não teria cumprido compromissos assumidos e acordos judiciais, entre eles o retomar as atividades até novembro de 2018, com a contratação de até 100 trabalhadores, aumentando o número de empregados para 200 até julho de 2019.
Insatisfeito com a sentença da justiça, o empresário está recorrendo da decisão ao presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador João Rebouças.
A inciativa jurídica do representante do grupo João de Barros é, no entanto, vista no meio empresarial norte-rio-grandense como uma “tentativa desesperada” de maquiar uma situação real de falência diante da justiça potiguar.
Nos círculos empresariais comenta-se que Carlos Farias, aparentemente, não dispõe sequer de recursos financeiros para honrar compromissos diversos assumidos, já que o seu advogado teria declarado em uma audiência “que seu cliente não dispunha de dois milhões de reais para aporte de questão trabalhista”. Na ocasião, foi pedindo parcelamento do débito, que foi descumprido posteriormente.
Contra o que sobrou da outrora poderosa Multdia há também acusação de “fraude” processual na esfera trabalhista. Débitos trabalhistas teriam sido “pagos” com “TED’s” (transferências bancárias) falsos. No último mês de julho, em entrevista ao Programa Cara a Cara com BG, que vai ao ar na TV Ponta Negra todos os sábados a partir das 8h30, o empresário Eduardo Patrício, fundador da Multdia, lamentou que a empresa João de Barro Vieira Administradora lamentou que a empresa João de Barro Vieira Administradora Ltda não tenha conseguido honrar os compromissos firmados com a Justiça. “Infelizmente, este grupo empresarial não foi competente para reerguer a empresa”, disse.
Um empresário local, conceituado no chamado “mundo dos negócios” do estado, conversou com o BLOG DO FM e elencou, pelo menos, 11 motivos que certamente levará a justiça potiguar a não reformar a decisão que sentenciou a falência da empresa. Segue abaixo:
1º Pagamento parcial da ação trabalhista, no valor de R$ 1.700.000,00, com TED fake (Crime – P.F.);
2º Pagamento parcial da ação trabalhista, no valor de R$ 200.000,00 TED fake (Crime – P.F.);
3º Descumprimento do acordo para iniciar a produção em meados de 2018;
4º Descumprimento do acordo de contratar 100 funcionários até dezembro de 2018 (somente 16 funcionários foram contratados no período);
5º Contratação de 200 funcionários até julho de 2019 (somente 11 funcionários foram contratados);
6º Funcionários demitidos não receberam rescisão trabalhista e recolhimentos de impostos devidos (INSS e FGTS);
7º Funcionários com mais de três meses de salários atrasados;
8º Energia elétrica sem pagamento e com fornecimento cortado;.
9º Inscrição estadual inapta por não pagamento de ICMS.
10 º Não pagamento da compra das Ações da empresa;
11 º Não pagamento de honorários do Administrador Judicial e advogados.
16 Comentários
Essa fábrica já era. O grupo que comprou não teve competência para reerguer. Fez muito bem o juiz decretar a falência.
Caro Flávio, infelizmente tudo que você postou é verdadeiro.
Nossa justiça por diversas vezes deu oportunidade ao grupo que comprou de ajustar os compromissos que por eles foram assumidos, porém todas as oportunidades não foram honradas, ou se foram, foi de forma parcial. Este tipo de desrespeito é inadmissível, acham eles agora que em uma segunda estância continuarão tendo o direito de continuar vendendo esperança e não cumprindo. Quando fundei esta empresa foi com o sonho e desejo de trazer para nosso estado, uma empresa de ponta que pudesse desenvolver e criar empregos, renda, arrecadação.
Hoje vejo este grupo que comprou a Multdia descumprindo todos os compromissos assumidos, assumidos em relação a RJ que ela já se encontrava em 2017 , assim como em relação a praticamente todas as contratações dos funcionários atuais e prestadores de serviço.
Aproveito também o espaço para agradecer ao prefeito Dr. Fernando e ao Presidente da Câmara dos Vereadores da Cidade de Macaiba pelo esforço dedicado ao sucesso da Multdia!
Sr. Eduardo Patrício por tanto que fez pelo Estado do RN gerando milhares de empregos e sendo admirado por todos que cruzaram seu caminho na Empresa MULTDIA deveria no Mínimo ter o apoio do Governo do RN, da Justiça e de todo Norte Riograndense que continua com a Esperança que a MULTDIA volte a funcionar. Peço Urgência da Justiça pois existem muitas famílias necessitando dessa Empresa em Pleno Funcionamento. Parabéns ao Sr. Eduardo Patrício por estar expondo essa situação e preocupação com as famílias que estão sendo prejudicadas.
Concordo trabalhei por nove anos nessa empresa mais em felizmente o grupo João de barros não cumpriu com sua obrigação que era reergue a empresa novamente todos os colaboradores da multidia fizeram acordo mais eles não cupriram com sua obrigação perante a lei.
Sr. Eduardo Patrício por tanto que fez pelo Estado do RN gerando milhares de empregos e sendo admirado por todos que cruzaram seu caminho na Empresa MULTDIA deveria no Mínimo ter o apoio do Governo do RN, da Justiça e de todo Norte Riograndense que continua com a Esperança que a MULTDIA volte a funcionar. Peço Urgência da Justiça pois existem muitas famílias necessitando dessa Empresa em Pleno Funcionamento.
Lamentável. Estamos do seu lado, Eduardo.
Trabalhei com Eduardo, por quase 14 anos. Fui parceiro em seu ideal de construir uma empresa proba, moderna
justa e competitiva.
Para disputar mercados com indústrias Mult-nacionais, no ramo de farináceos e alimentos funcionais, tivemos que importar importar máquinas, equipamentos e tecnologia. Fomos líderes de mercado no Nordeste e disputamos, em qualidade, com as maiores empresas do mundo.
Fomos atingidos por uma crise financeira sem precedentes, impulsionada por juros altos, inflação, queda da renda da população, desemprego e desorganização do ambiente político e institucional.
Vendemos nossa empresa á um fundo de pensão, que não honrou os compromissos assumidos, desgastou as relações com o mercado,com os funcionários, não cumpriu nenhuma das ordens judiciais que lhe foram impostas, e levou à empresa a falência, provocando enormes prejuízos à todos.
Eduardo estar pagando um alto custo por isso: mataram seu ideal, seu sonho e sujaram seu nome.
Como disse o evangelista, que se coaduna muito com Eduardo.
“Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé:.
Edu, sempre foi um homem determinado e justo, tenho à convicção que ele ainda recuperará sua surpresa e dará sequência ao seu sonho e ideal.❤❤❤??
Faço parte dos mais de 170 ex-funcionários da ação coletiva, que a empresa João de Barro vem enganando a cada audiência. Com diversos descumprimento de acordos…nós funcionários aceitamos todas as condições propostas por eles, no intuito de resolver a situação e a nossa fábrica retomar suas atividades, gerando emprego e renda pra o estado, mas infelizmente eles não honraram.
Espero que com essa falência, apareça um grupo que leve a sério esse nome e a história dessa empresa, e faça ela ressurgir novamente.
Um verdadeiro descaso, o que este grupo fez com a Multdia. Quando eles adquiriram as ações sabiam que a empresa estava passando por dificuldade financeira, por isso o pedido de Recuperação Judicial. Eles sabiam sim, mas infelizmente só afundaram ainda mais, pois depois do pedido de RJ não foi contraída mais nenhuma dívida, com a venda de alguns produtos que ficaram e alguns equipamentos autorizados pela justiça que foram vendidos para manter o salário do pessoal da portaria e duas pessoas do administrativo. Após o grupo Carlos Faria adquirir as ações em Setembro de 2017, contrataram empresas prestadoras de serviços, mas não honrou com o pagamento nem os salários; contratou mais funcionários e também não honrou com o pagamento. A empresa passou mais de três meses sem energia, pondo em risco a vida dos funcionários, principalmente quem trabalhava à noite. Em Agosto de 2018 demitiu os funcionários da portaria e uma pessoa do administrativo, não pagou as rescisões, fez diversos acordos e não cumpriu. Destruiu o sonho de muitos funcionários que acreditaram neles, fizeram acordos perdendo alguns direitos, mas confiantes que eles iriam reerguer a empresa e as promessas de volta aos seus serviços; fizeram acreditar que seria possível sim, porém todos os acordos não passaram de uma grande mentira. Estes dois últimos anos foi um verdadeiro desgaste emocional para todos os ex-funcionários (em torno de 175), com acordos feitos e não cumpridos, depósitos informados à Justiça sem existir, brincaram com a justiça, não tiveram o menor respeito. Ai agora que a justiça decretou a falência, eles estão querendo reverter à situação. Sinceramente, eles não têm a menor condição de reverter este quadro. Espero que a Justiça não volte atrás, que mantenha a decisão tomada em ter decretado a falência. Eles tiveram todo o tempo necessário para honrar todos estes acordos e não honraram. Qual a confiança que podemos ter neste grupo?
Um verdadeiro descaso! É uma pena!
Foi funcionária da MULTDIA, por 12 anos, hj faço parte dos mais de 170 funcionários, que esperam pra receber nossos os direitos, e essa empresa João de Barros, só promete que vai honrar os acordos, (foram VÁRIOS) e até hj nada. Sr. Juiz, lembre que são pais de família que estão há quase 3 anos, enfrentando essa crise que nosso país atravessa, desempregados e passando necessidade. Estamos a ponto de aceitar qualquer acordos e aceitamos as “promessas desta empresa” e nada.
Acompanhei a vida da Multdia desde o seu nascedouro e assim pude testemunhar as varias fases da sua existência. Vi o sonho e ousadia de um empresário potiguar se transformar numa das marcas mais fortes no mercado nordestino, além de conhecida e com abrangência no mercado brasileiro. Centenas de empregos gerados, incentivo a cultura e ao esporte, participação ativa na vida do Estado e sobretudo no Município de Macaíba, aonde desenvolvia programa pioneiro visando a redução da mortalidade infantil. Vi também o amadorismo com que foi gerida por um fundo de investimento que levou-a do pico de sucesso a sua derrocada, culminando com a Recuperação Judicial ao qual se submeteu. Quando ainda apenas suspirava eis q aparece o que se esperava ser a sua salvação. Cai aqui de paraquedas um empresário paulista dono de algumas empresas, dentre elas a João de Barro Empreendimentos imobiliário q assume o controle da Multdia propondo-se a retira-la da situação a que estava e prometendo para isso fazer aporte financeiro e resolver os problemas de passivo da referida empresa, iniciando com o pagamento das dívidas trabalhistas. Tais promessas caíram no vazio e a expectativa gerada nos trabalhadores da empresa se transformou num imenso pesadelo, pois o valor a ser depositado junto a justiça do Trabalho para pagamento dos débitos trabalhistas nunca chegou a ser feito, pelo contrário, houve por parte do novo investidor a simulação de um crédito q de fato nunca existiu. Além desses outros compromissos financeiros foram assumidos, porém em sua maioria não foram cumpridos, vindo a 3ª Vara Cível de Macaíba decretar a falência da empresa. É de registrar que em 2018 esse mesmo empresário adquiriu a empresa de cosméticos i9life, aquisição essa permeada de desentendimentos motivada exatamente em decorrência de acertos feitos e não cumpridos, que segundo a Revista Sucesso Network “Depois da briga societária entre os ex-sócios da i9Life com o atual proprietário da marca, a perda de todos os seus grandes líderes, da rede, da falta de produtos, da demissão de 100% dos funcionários, a i9Life tecnicamente não existe mais”. Ainda assim, mesmo com esse histórico de problema na aquisição da Multdia e de outra(s) empresa, eis que para a surpresa de muitos, mesmo após todos os descumprimentos feitos à frente da Multdia e até mesmo simulação de depósito junto a Justiça do Trabalho sabe-se que o Sr. Carlos Faria apelou para a Justiça de Segundo Grau do RN questionando a decretação da falência, buscando reverte-la e mais que isso, querendo afastar o administrador nomeado pela justiça, que sequer recebeu seus honorários a que tem direito. Certamente que à luz do bom senso os nossos Desembargadores não embarcarão nessa lorota, pois todas as chances e facilidades foram dadas ao senhor Carlos Faria e de nada serviram, pelo contrário, só serviu para ganhar tempo e desdenhar de credores e da justiça. Que pelo bem dos trabalhadores que há 4 anos esperam receber seus direitos, pelas dezenas de credores e para que a justiça na sua boa fé não seja mais uma vez usada como instrumento de enganação, que o nosso TJ-RN diga NÃO A REVERSÃO DA FALÊNCIA E NÃO A RETIRADA DO ADMINISTRADOR JUDICIAL.
Fui funcionário da Multdia por 7 anos e meio. E nunca imaginei ver la nesta situação em que a mesma se encontra. Descaso total por parte do grupo João de Barros que em momento algum cumpriu com os acordos firmados em juízo. Tanto em relação as ações coletiva quanto as ações individuais . Oportunidade eles tiveram várias vezes e não cumpriram. Espero que um dia toda essa situação se resolva.
Boa tarde , fui funcionario da multdia por 9 anos e me sinto triste por tudo que aconteceu pela nossa empresa e mais triste ainda por esse sr. Carlos que representa a João de Barros que teve varias oportunidades de resolver essas situacões trabalhista com os antigos funcionarios, ele que em diversas vezes descumpriu os acordos firmados perante antigos funcionarios,sindicais e juizes por nao so uma , mas diversas vezes.
Tenho minha admiracão e confio e vc sr. Presidente da multdia Eduardo patricio,que tudo vai ser resolvido.
Por pessoas serias como o sr.
Eu sou um dos ex funcionários da empresa, quero parabenizar pela matéria e dizer que essa tal de João de Barros só tá enrolado agente à mais de 4 anos
Na verdade queremos nosso direitos trabalhistas pois dedicarmos com o nosso trabalho e com nosso suor pela empresa. Que a justiça do trabalho olhe para nós trabalhandores que estamos só atrás dos nosso direitos trabalhistas.