Na última quinta-feira (16), ocorreu mais uma etapa da audiência de instrução relacionada às acusações de sequestro e ocultação de cadáver do jovem Giovanne Gabriel de Souza Gomes, de 18 anos. Gabriel como era chamado carinhosamente pela família, saiu de casa no dia 5 de junho de 2020, no bairro Guarapes, em Natal, para ir de bicicleta à casa da namorada em Parnamirim e desapareceu. Em 14 de junho do mesmo ano, um corpo em estado avançado de decomposição foi encontrado na comunidade Pau Brasil, em São José de Mipibu, sendo confirmado, após exames periciais, como o corpo de Giovanne.
Desde então a famílía de Gabriel luta para que os responsáveis pelo crime sejam responsabilizados. Nesta quinta-feira, Priscila Sousa, mãe do jovem Geovani Gabriel, teve seu primeiro contato com os quatro policiais militares acusados no processo relacionado à morte do filho.
Durante a sessão, realizada no Fórum Miguel Seabra, em Lagoa Nova, marcada por depoimentos de testemunhas de defesa e acusação, com a participação do Ministério Público, Priscila Sousa expressou a complexidade das emoções que vivenciou ao se deparar com os réus no tribunal.
“Foi uma sensação que estou ainda vivenciando, uma mistura de dor, revolta e a busca por justiça. Mas é importante enfrentar esse momento para que a verdade prevaleça”, disse Priscila.
Durante a audiência, que alega homicídio, Priscila Sousa destacou que este pode ser o primeiro julgamento do ano a acontecer no Fórum de Parnamirim em 2024. Lembrou ainda que, se estivesse vivo, Geovani Gabriel, completaria 22 anos. A mãe revelou que a ausência do filho deixou um luto profundo em toda família, mas ressaltou a importância de continuar buscando justiça em memória dele.
“São três anos sem o meu filho ao lado. Uma saudade que parece incurável. Estamos confiantes de que o julgamento em júri popular trará a verdade à tona e garantirá que a justiça seja feita”, explicou a mulher.
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