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Caso Evanekelly: “Ela disse que estava fugindo porque queriam pegar as crianças dela”, diz moradora que ajudou família

FOTO: REPRODUÇÃO

Uma mulher que ajudou Evanekelly Francisca e os três filhos pequenos que desapareceram em Lagoa Salgada no ano passado, falou, com exclusividade com a equipe de reportagem do Balanço Geral nesta quinta-feira (9) sobre o que teria acontecido.

De acordo com Célia Medeiros, Evanekelly e os filhos chegaram na casa dela pouco antes das 9h da manhã do dia 30 de julho do ano passado. Evanekelly teria se identificado como sendo pregadora no Cajueiro, zona rural de Lagoa Salgada – comunidade onde morava – e dito que estava fugindo porque queriam pegar as crianças dela.

Dona Célia então teria pedido para a filha, uma adolescente de 15 aos, levar a mulher e os três filhos pequenos, em uma motocicleta, até a margem de um rio, também na comunidade Cajueiro, para que a família atravessasse o rio e chegasse ao centro da cidade.

Ainda de acordo com a dona da casa, enquanto a família aguardava a adolescente, as crianças ficaram brincando no alpendre da casa dela. O garotinho de sete anos, segundo dona Célia era o mais agitado e corria de um lado para o outro. Célia disse ainda que as crianças estavam descalças e que pouco antes de deixar a residência, Evanekelly pediu proteção.

“Ela olhou pra mim e pediu para rezar para ela chegar bem na casa da mãe dela. Eu não sabia que ela era mulher de um policial militar”, disse Célia.

De acordo com a adolescente, ao ser deixada na margem do rio, a mulher e os três filhos foram para baixo das copas de algumas árvores. Essa foi última vez que a família foi vista com vida.

Quase seis meses se passaram até quatro ossadas terem sido localizadas em uma área de mata, bem próximo de onde a família esteve quando foi deixada pela adolescente. Célia conta que a menor chora constantemente e não consegui dormir depois que soube que a familia está morta.

O que aconteceu com Evanekelly Francisca da Rocha, de 37 anos, o filho José de 7, Evany de 4 e Eloise de 3 aninhos ainda é um mistério para a policia. No entanto a médica legista do Instituto Técnico Científico de Perícia que está à frente do caso, explica que, por enquanto não foram encontradas marcas de violência nas ossadas, principalmente nos quatro crânios que já foram analisados. 

Segundo a polícia, Evanekelly deixou  a casa onde morava com o companheiro, um policial militar no dia 29 de agosto à noite, levando os três filhos. De acordo com as investigações, ainda não se sabe onde a mãe e as criancas dormiram. Só no dia seguinte, antes de chegar na residência da Célia, a mulher teria pedido ajuda para um homem que iria demorar 40 minutos para sair do Cajueiro e ir até a cidade, o que fez Evanekelly desistir de esperar.

As investigações mostraram também que a mulher era constantemente agredida pelo marido policial e tinha uma medida protetiva contra ele. De acordo com o Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), o resultado dos testes que comprovam que as ossadas são mesmo da família pode demorar cerca de 60 dias.

Portal da Tropical

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