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Caixa vai devolver R$ 3 bilhões das ‘pedaladas fiscais’ de Dilma Rousseff

Ilustração

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 12, que o governo utilizará recursos devolvidos por bancos públicos para resgatar a dívida pública. Guedes participa de coletiva com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. “Vamos resgatar a dívida pública, que aumentou na contabilidade criativa. As pedaladas acabaram levando a impeachment de presidente”, disse.

Guedes frisou que os recursos não voltam para o Ministério da Economia, mas sim para o abatimento da dívida pública. “Nossa responsabilidade é garantir que recursos devolvidos por bancos abatam dívida pública”, completou.

O ministro afirmou que o governo está “despedalando” e removendo privilégios, como empréstimos a juros subsidiados para as empresas chamadas de “campeões nacionais”. “O Brasil virou paraíso dos rentistas e inferno dos investidores”, acrescentou.

Devolução da Caixa ao Tesouro

O presidente da Caixa Econômica Federal confirmou durante a entrevista à imprensa que a instituição vai devolver ao Tesouro Nacional “o dinheiro que se deve”. Hoje, serão devolvidos R$ 3 bilhões, mas “o plano é devolver R$ 20 bilhões este ano.”

Guimarães fez questão de pontuar que a devolução dos recursos ao Tesouro não prejudica os índices financeiros da Caixa. “Nosso índice de Basileia é acima de 20%”, destacou.

Essa dívida da Caixa com o Tesouro diz respeito a Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD), que foram utilizados pelo governo da presidente Dilma Rousseff para capitalizar instituições públicas.

No caso da Caixa, há um estoque próximo de R$ 40 bilhões, sendo que o banco tem a intenção de devolver metade disso em 2019. Estes R$ 3 bilhões anunciados nesta quarta-feira são a primeira parcela. Os demais R$ 17 bilhões ainda carecem de autorização do Banco Central.

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