SELO BLOG FM (4)

Brasil fecha acordo para emprestar dinheiro ao FMI, se necessário

 PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL,ILAN GOLDFAJN, PRESIDENTE MICHEL TEMER, E O MINISTRO DA FAZENDA HENRIQUE MEIRELLES. (FOTO: STEPHEN JAFFE/ IMF)

PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL,ILAN GOLDFAJN, PRESIDENTE MICHEL TEMER, E O MINISTRO DA FAZENDA HENRIQUE MEIRELLES. (FOTO: STEPHEN JAFFE/ IMF)

Se nas décadas de 1980 e 1990 o Brasil recorreu a empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em várias ocasiões, agora o País está em outro papel. Credor em moeda estrangeira desde 2008, quando Luiz Inácio Lula da Silva era presidente, o Brasil participará pela primeira vez de um “acordo bilateral” (Bilateral Borrowing Agreeement) com o FMI. Na prática, emprestará dinheiro ao fundo, se houver necessidade.

O acordo foi assinado pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, e pela diretora do FMI, Christine Lagarde, na última quinta-feira, 6, em Washington. Ele prevê que o Brasil pode emprestar até US$ 10 bilhões ao fundo. Outras 25 nações também fecharam acordos equivalentes. O acordo bilateral vale até o fim de 2019, mas pode ser prorrogado por mais um ano, se houver consentimento do País. Se o empréstimo for acionado, os recursos continuarão a fazer parte das reservas brasileiras, hoje na casa dos US$ 375 bilhões, mas o FMI pagará juros.

Esta não é, de acordo com o Banco Central, a primeira vez que o Brasil contribui com recursos de empréstimo ao FMI. Desde 2011, o Brasil participa de um acordo semelhante ao bilateral, o New Arrangements to Borrow (NAB), que é um arranjo multilateral de empréstimos. Atualmente, o NAB conta com 40 membros.

A primeira fonte de recursos do FMI é, tradicionalmente, a proveniente das contas de cada membro – incluindo o Brasil. Depois disso, se for necessário, o fundo utiliza o dinheiro ligado ao NAB. A terceira opção são os recursos vindos dos acordos bilaterais, como este assinado pelo Brasil. Até hoje, eles nunca foram utilizados.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui