Fernando Henrique Cardoso destacou o momento político vivido pelo Brasil e afirmou que o País corre o sério risco de eleger um “Hitler, Trump ou Macron” nas eleições de outubro. “Tem que ser alguém que toque as pessoas com as palavras, mas com algumas regras de democracia e de bem-estar, que tenha compromisso com o país”, falou, em entrevista exclusiva ao programa 90 minutos com Datena, da Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (18).
Para o ex-presidente, é preciso observar com atenção a mensagem de cada candidato. “O discurso tem que ter razão e não só emoção, que conduza a pessoa pelo motivo certo e não pelo errado”, explica.
FHC disse que o Brasil vive um período de desgaste no sistema político. “As pessoas estão cansadas de tanta confusão: é violência, crime, roubo. Nós precisamos voltar a acreditar no país, que já passou por muita coisa. Precisamos olhar para a frente, para o futuro. “Nós estamos em um momento que é preciso conectar os políticos com a população”.
O “fenômeno”, de acordo com o ex-presidente, não é específico do Brasil. “O mundo todo está sofrendo esse desgaste porque a democracia social mudou, assim como a sociedade. A demanda das pessoas aumentou, elas querem mais”.
‘Alckmin é o que tem mais chances no PSDB’
O ex-presidente também indicou que Geraldo Alckmin será o candidato do PSDB à presidência e que João Doria pode ser o candidato tucano ao governo de São Paulo, apesar de o prefeito afirmar que irá continuar no comando da prefeitura.
Sobre o atual governador, Fernando Henrique disse que quem tem mais chance, dentro do PSDB, para ser candidato à Presidência da República é Alckmin. “Nesse momento, as forças vão na direção de Geraldo Alckmin”, reforçou.
Para FHC, o discurso dos futuros candidatos não precisa ser agressivo e sim firme. “Geraldo não é ‘Maria vai com as outras’ e tem opinião. Ele tem capacidade de ser firme, já perdeu um filho e isso muda uma pessoa”, falou.
Fonte: UOL