O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (22/6), é um sinal de que não interfere na Polícia Federal (PF).
“O caso do Milton, pelo que eu estou sabendo, é aquela questão que ele estaria com uma conversa meio informal demais com pessoas de confiança dele. E daí houve denúncia que ele teria buscado prefeito, gente dele para negociar, para liberar recurso, isso e aquilo. Bem, o que acontece: nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal que a Polícia Federal está agindo”, considerou o presidente em entrevista à rádio Itatiaia.
E destacou que não interfere no trabalho da Polícia Federal. “Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum, mas se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando. É um sinal que eu não interfiro na PF”, disse Bolsonaro.
“Isso vai respingar em mim, obviamente. Tenho 23 ministros, mais de 20 mil cargos de comissão. Minha responsabilidade é afastar e auxiliar na investigação. Essa operação tem PF, deve ter CGU ajudando a elucidar o caso.”
Os comentários do presidente diferem do que ele falou no dia 24 de março, durante uma de suas lives, dias antes de o ministro pedir demissão do cargo. Na ocasião, em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que as acusações sobre o MEC ter favorecido indicações de pastores em agendas e direcionamento de recursos eram uma “covardia”.
Metrópoles