SELO BLOG FM (4)

Bolsonaro foi derrotado, mas bolsonarismo seguirá forte em 2023

FOTO: DIVULGAÇÃO

Derrotado nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve deixar o comando do Palácio do Planalto em 31 de dezembro e, como prevê o protocolo, passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a posse marcada para 1º de janeiro de 2023.

A vitória de Lula foi confirmada pela Justiça Eleitoral às 19h57 desse domingo (30/10), quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, o petista tinha 50,83% dos votos válidos (59.563.912), não podendo mais ser ultrapassado por Bolsonaro, que acumulava 49,17% (57.627.462) dos votos.

Mesmo com o fracasso de não ter conseguido se reeleger, Bolsonaro deve seguir no debate público. E o bolsonarismo deve ter, ainda assim, um papel de protagonismo na oposição a partir do ano que vem, segundo especialistas ouvidos pelo Metrópoles.

No Congresso Nacional, a força política de extrema direita terá um papel importante. O próprio PL, partido do Centrão e pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição, terá a maior bancada do Parlamento, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.

Durante a campanha, o agora presidente eleito disse que o bolsonarismo seguiria existindo mesmo sem Bolsonaro na Presidência. Segundo Lula, é necessário derrotar o movimento “no debate político” e na “discussão sadia”.

Frase dita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na reta final das eleições sintetiza a força política que o bolsonarismo ganhou nos últimos anos: “Se Lula vencer, em quatro anos Bolsonaro volta”.

“Quanto figura política, Bolsonaro vai continuar sendo uma relevante. Obviamente, ele não vai ter a imunidade parlamentar que sempre teve. Então, talvez ele vai ter que cuidar mais da forma como se comunica. Mas ele vai ser o o grande representante dessa direita que surgiu nos últimos anos”, explica Rodolfo Tamanaha, professor de ciências políticas do Ibmec Brasília.

“Considerando, inclusive, que o Congresso tem uma base de parlamentares que são bolsonaristas ou próximos ao Bolsonaro, essa temática vai estar em evidência e vai exercer, sim, um protagonismo”, complementa o docente.

Metrópoles

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui