Jair Bolsonaro, que visita Israel desde domingo (31), cancelou um encontro que faria com a comunidade brasileira do país na quarta-feira (3), na cidade de Raanana, 20 quilômetros ao norte de Tel Aviv.
A reportagem apurou com uma pessoa ligada à organização da viagem que o presidente cogita antecipar a volta ao Brasil em algumas horas. Na prática, Bolsonaro não deve cumprir a agenda programada para quarta-feira, reduzindo a visita de quatro para três dias.
O motivo alegado para o cancelamento foi falta de segurança. O evento não foi considerado seguro para receber o presidente. A segurança israelense sentiu dificuldade em checar um a um dos cerca de 250 participantes em tempo hábil.
O evento estava sendo organizado com apoio da prefeitura local e membros da sinagoga Kehilat Or, fundada pela comunidade brasileira local.
A previsão era a de que chegaria a Raanana por volta das 9h30 (3h30, no horário de Brasília) e, de lá, iria para o Aeroporto Internacional Ben Gurion. O voo estava marcado para as 11h40, com chegada à capital brasileira às 20h40.
Nesta segunda-feira (1º), os organizadores do evento em Raanana receberam com surpresa a informação de que não haveria mais o encontro e que o presidente receberá nesta terça (2) apenas 20 membros da comunidade no hotel em que está hospedado, o King David, em Jerusalém. Às pressas, eles tiveram que contatar todos os registrados para comparecer ao evento para avisar o cancelamento.
“Não foi cancelado, apenas transferido”, diz a brasileira Deborah Srour, que serviu como ponte entre os participantes e a equipe do presidente. “Parece que o presidente tem que viajar mais cedo na quarta-feira e não daria tempo para fazer o evento.”
O rabino da sinagoga Kehilat Or, o paulista Ivo Zilberman, recebeu uma ligação da prefeitura de Raanana confirmando o cancelamento do evento e a transferência do encontro para Jerusalém.
Há cerca de 15 mil brasileiros em Israel. Raanana, cidade de classe média, tem se destacado como um centro para famílias do Brasil. Hoje, são mais de 200 na cidade.
Fonte: Folhapress, por Daniela Kresch