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Bilionários e empresas doarão R$ 2,7 bilhões à Catedral de Notre-Dame

DOAÇÕES PARA RECONSTRUIR A CATEDRAL JÁ SOMAM MAIS DE 600 MILHÕES DE EUROS (Shutterstock)

O incêndio que atingiu a catedral mais famosa do mundo sensibilizou Paris e o mundo na última segunda-feira (15). Notre-Dame levou 180 anos para ser construída, há mais de 600 anos, e apenas um dia para ser arruinada.

Sob a fumaça no céu de Paris, Emmanuel Macron, presidente da França, lançou uma campanha de arrecadação de fundos para reconstruir a catedral e prometeu “os melhores talentos do mundo” para realizar esta tarefa.

Horas depois, uma série de bilionários, empresas e políticos anunciaram que disponibilizarão centenas de milhões de euros para a reconstrução do edifício.

Se todas as contribuições prometidas se concretizarem, o governo francês terá cerca de 680 milhões de euros para reconstruir a Catedral de Notre-Dame, o equivalente a R$ 2,9 bilhões — sendo R$ 2,7 bilhões de caridade de pessoas públicas e empresas privadas.

O primeiro a se manifestar foi François-Henri Pinault, diretor presidente da Kering – empresa francesa que controla a grife Gucci. Ele e seu pai, François Pinault, pretendem doar 100 milhões de euros através da empresa de investimentos Artemis, da família.

Em um comunicado enviado ao jornal francês Le Figaro, o empresário disse que “essa tragédia atinge todo o povo da França e todos aqueles ligados a valores espirituais. Diante disso, desejamos trazer de volta essa joia de nossa herança o mais rápido possível”.

Após este anúncio, a família Arnault também se manifestou. Bernard Arnault, conhecido como rival de François-Henri Pinault, prometeu doar o dobro: 200 milhões em euros e recursos arquitetônicos e de design.

Arnault é presidente e diretor executivo da LVMH, maior empresa de artigos de luxo do mundo, dona de marcas como Louis Vuitton e Céline. O empresário possui fortuna de US$ 90,4 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg, e é a terceira pessoa mais rica do planeta.

Estrutura da Catedral de Notre-Dame está salva, dizem bombeiros

A empresa Total, de energia, petróleo e gás, não quis ficar de fora da reconstrução da catedral. Nesta terça-feira (16), o diretor-executivo Patrick Pouyanné anunciou contribuição de 100 milhões de euros. Esta doação é equivalente a metade da quantia prometida pela fabricante de cosméticos L’Oreal, que irá contribuir com mais 200 milhões de euros.

Pela manhã, o empresário Marc Ladreit de Lacharrière, CEO da Fimalac, e a família Bouygues, dona da companhia telefônica Bouygues Telecom, também anunciaram doações: a 10 milhões de euros cada um. Já a consultoria multinacional francesa Capgemini prometeu doar 1 milhão de euros.

Líderes políticos franceses também se manifestaram, disponibilizando recursos oficiais.

Anne Hidalgo, atual prefeita de Paris e primeira mulher a administrar a capital francesa, disse que a cidade contribuirá com 50 milhões de euros para a reconstrução de Notre-Dame.

Já o governo regional da Ilha-de-França, localidade que inclui Versalhes, Paris e arredores, prometeu alocar 10 milhões de euros em recursos de emergência.

Por Mariangela Castro

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