“Tem gente que está fazendo pesquisa toda semana, mas tenho quase certeza que é para influenciar ou querer desestimular e desacreditar determinadas pré-candidaturas como a de Benes”. Essa é a impressão do pré-candidato ao governo do Estado, deputado federal Benes Leocádio (Republicanos), sobre as recentes pesquisas eleitorais para cargos majoritários em 2022 divulgadas no Rio Grande do Norte. Ele disse estar surpreso com o fato de sua pré-candidatura estar incomodando alguns nomes mais experientes e com tradição na política potiguar.
“Não fiz uma pesquisa sequer ainda porque não tenho condição. O partido que dirijo hoje no Estado tem um orçamento mensal de R$ 20 mil para manter tudo funcionando com dois funcionários, uma salinha e um carro alugado. Eu não tenho R$ 20 mil, R$ 25 mil para publicar uma pesquisa para mostrar qual é a realidade dos municípios do Estado e tem gente fazendo pesquisa toda semana. Eu não sabia que iria incomodar tanto algumas pessoas só por colocar meu nome à disposição para uma pré-candidatura”, explicou o deputado.
Presidente estadual do Republicanos, Benes Leocádio afirmou não querer atropelar ou tomar a vaga de ninguém, mas trabalhar para melhorar a qualidade de vida do potiguar.
Disse também que tem observado que alguns caciques da política potiguar não enxergam com bons olhos a candidatura de alguém vindo do interior.
“Fico me perguntando, será que é porque não sou filho de ex-governador ou de alguém da política tradicional do meu Estado? Que não tenho história de representatividade de cunho estadual? Mas eu digo a essas pessoas que temos que pensar nos potiguares e deixar projetos pessoais, vaidades e ambições de fora. Sou candidato do povo. Meu nome está à disposição, mas se amanhã, dentro desse agrupamento político, aparecer alguém com melhor potencial ou sonho que seja respaldado pela opinião pública, Benes é a solução e não o problema”, afirmou Benes.
Avaliação dos mil dias do governo Fátima Benes Leocádio fez uma avaliação crítica negativa sobre os mil dias do governo Fátima Bezerra (PT). Para ele, a única comemoração deveria ter sido de dias, já que, para ele, não há realizações no histórico da gestão petista, o que a torna semelhante aos governos anteriores. “Está sendo seis por meia dúzia, sem mudança nenhuma. A única coisa que esse governo fala é em pagar salários em dia de ativos e pensionistas, o que eu quero desmentir porque prestador de serviço também é servidor público e vejo os terceirizados da saúde sem receber salário há dois, três meses. Isso é compromisso? É uma tentativa de mentir à população”, afirmou.
O pré-candidato ao governo do Estado também criticou o desempenho da gestão estadual na área da Segurança Pública e revelou sentir “pena” dos auxiliares do governo, como o secretário Francisco Araújo e o comandante da PM, coronel Alarico. Para ele, ambos fazem um esforço gigante para passar para a impressão que a situação da segurança está sobre controle. “Na verdade, não está (sob controle). Eu acho até que eles estão botando o currículo deles à risca para segurar uma realidade que é insustentável, porque o governo mente desde os primeiros dias que segurança pública é a sua prioridade. Mentira. Porque não se investe nada de recurso próprio para melhorar essa realidade, apenas o que vem sendo enviado pelo governo federal”, afirmou.
Benes finalizou dizendo que se colocou como aliado ao governo Fátima nos primeiros meses de gestão petista, mas que se decepcionou. “Me arrependo de ter acreditado em um governo que decepciona todos os potiguares. Não sou radical, sou muito sereno e tranquilo, mas tem hora que topa. E lamento muito aqueles que ainda insistem em querer achar que esse governo tem jeito. Tem não, esse aí está fadado ao insucesso, com seus dias contados, para terminar”, finalizou.
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