Apenas quatro dias após Jair Bolsonaro atacar a jornalista Miriam Leitão, da Globo e GloboNews, ao afirmar que ela fazia parte de ações armadas na ditadura e mentiu sobre ter sofrido tortura naquele período, o secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten, almoçou com o vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, João Roberto Marinho, e o vice-presidente de Relações Institucionais da empresa, Paulo Tonet.
O encontro aconteceu na sede da empresa, no bairro Jardim Botânico, no Rio.
Acredita-se que tenha sido nova tentativa de apaziguar a relação de Bolsonaro com os donos da TV Globo e do jornal O Globo, entre outros veículos. O presidente vê a poderosa companhia do clã Marinho como um “inimigo”, em suas próprias palavras.
No mês de maio houve uma primeira aproximação: Bolsonaro conversou no Palácio do Planalto com Paulo Tonet – o mesmo executivo que ele proibiu de ser recebido pelo então secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno, em fevereiro.
Desde o início de seu mandato, Jair Bolsonaro tem priorizado o SBT e a RecordTV. Contatos com jornalistas da Globo e GloboNews ocorrem somente nas coletivas de imprensa e em declarações do presidente em eventos públicos.
A relação com a emissora líder em audiência no País piorou depois que o canal rebateu Bolsonaro no Jornal Nacional do último dia 19.
Em nota de repúdio lida pela âncora Renata Vasconcellos, a Globo disse que o presidente mentiu ao comentar a respeito da militância de Miriam Leitão durante os anos de chumbo na política brasileira.
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