As três instituições de ensino superior e técnico do Rio Grande do Norte, afetadas pelo bloqueio de verba anunciado pelo governo federal, apresentaram, nesta segunda-feira (13), o relatório com o impacto local da medida. A reunião foi uma proposição do deputado federal Rafael Motta (PSB), coordenador da bancada potiguar.
Na ocasião, os reitores da UFRN, UFERSA e IFRN apontaram os reflexos do bloqueio de 30% do orçamento. Segundo eles, o corte atingiu em maior parte o custeio, ou seja, a verba destinada à manutenção diária das atividades das instituições, como pagamentos de energia e contratos com terceirizados
“O relatório foi muito bem elaborado e demonstra que são instituições premiadas e reconhecidas pelo seu papel social. E nosso próximo passo agora é mostrar os desdobramentos que esses cortes vão causar no nosso estado”, explica Rafael Motta.
Ângela Maria Paiva Cruz, reitora da UFRN, destacou que, apesar da assistência estudantil não ter sido afetada, outros setores da universidade vão sentir o impacto. “São quase 34% do orçamento de financiamento, manutenção da universidade e mais 44% do capital, ou seja, aquele orçamento dedicado às obras. Então nós temos uma eminência de uma paralisação parcial ou total de muitas atividades”, disse.
Reitor da Ufersa, José de Arimateia pontuou que o corte afeta 26% do funcionamento da instituição e capital ultrapassa os 48%. “Se mantiver o bloqueio, não temos como ultrapassar o mês de setembro”, afirmou ele. Enquanto que o reitor do IFRN, Wyllys Tabosa pontuou que o decreto delimitava R$ 26 milhões corte de custeio dos IF’s. “Nesse contexto, a nossa realidade é tão drástica como a das universidades”, avaliou.
Também participaram da reunião o senador Jean Paul Prates (PT), os deputados federais Natalia Bonavides (PT) e Benes Leocadio (PRB), o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB), o deputado Hermano Morais (MDB), além de representantes da OAB-RN e do gabinete do senador Styvenson Valentim (Podemos).
Com o documento em mãos, a bancada vai agora ao Ministério da Educação (MEC), para apresentar os impactos do corte no RN ao ministro