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Balança comercial potiguar registra superávit de US$ 10,4 milhões em setembro

FOTO: DIVULGAÇÃO/IDIARN

As exportações do Rio Grande do Norte voltaram a apresentar um bom desempenho. Em setembro, o envio de mercadorias para o mercado internacional atingiu um volume de US$ 68,7 milhões. O montante é 40,1% maior que o verificado no mesmo mês de 2022 e se configura também como o segundo melhor resultado para o mês de setembro dos últimos cinco anos, atrás apenas de 2021, quando as exportações do estado chegaram a um volume de US$ 78,6 milhões.

Isso é o que indica o Boletim da Balança Comercial do RN, edição referente ao mês de setembro. O informativo é elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

Essa alta nas exportações no nono mês do ano está relacionada principalmente com as remessas de combustíveis do Rio Grande do Norte para o exterior. Em setembro, foram exportadas quase 39 mil toneladas de óleo de petróleo (fuel oil), a maior parte comercializada com os Estados Unidos, totalizaram US$ 21,9 milhões. O segundo item mais exportado no período também foi um derivado do hidrocarboneto, o óleo diesel, cujas exportações se equipararam as do melão tanto em total negociado quanto em volume de toneladas, em torno de US$ 10 milhões e cerca de 13 mil toneladas. Na lista dos produtos mais exportados, entraram mais combustíveis made in RN. Outros tipos de óleos que servem como combustível ficaram na quinta posição do ranking com US$ 2,9 milhões faturados, atrás das melancias, até geraram um volume de US$ 7,4 milhões.

Há meses, o principal derivado assumiu a dianteira da pauta de exportação potiguar e o fuel oil já é a comodity mais vendida pelo RN no mercado internacional neste ano. Do total de US$ 516,2 milhões acumulados em exportações entre janeiro e setembro, petróleo combustível responde por mais de 42% desse valor, com cifras acumuladas da ordem de US$ 218,8 milhões. A tendência é que essa participação aumente com a abertura da comercialização com os Estados Unidos, que desponta como destino do petróleo potiguar ao lado de Singapura.

Os melões também estão entre as mercadorias mais comercializadas em 2023, ocupando a segundo lugar da lista pelo envio de 252,5 mil toneladas da fruta para o exterior, o que gerou até agora cerca de US$ 56,7 milhões faturados. Depois, aparecem os outros tipos de óleo combustível (US$ 33,5 milhões), as melancias, (US$ 24,6 milhões) e o sal marinho (US$ 16,7 milhões).

Somando os demais itens exportados no ano, o montante acumulado com as remessas internacionais em nove meses é 7,9% inferior ao verificado no mesmo intervalo do ano passado, quando as exportações acumuladas do Rio Grande do Norte chegaram a um volume de US$ 560,4 milhões, contra os US$ 516,2 em 2023.

Superávit em setembro

Já as importações registraram queda em setembro e o com um aumento de 62,2% em relação a setembro do ano passado. O total importado foi de US$ 58,2 milhões, cuja redução, associada à alta de 40% nas exportações, contribuiu para o saldo da balança comercial no mês terminasse positivo, com um superávit de US$ 10,4 milhões no nono mês de 2023. Resultado que é superior ao saldo do mesmo mês de 2022, quando a balança teve um superávit de pouco mais de US$ 13 milhões.

O principal responsável por minimizar a baixa das importações em setembro foi o óleo diesel, que desde agosto tem aparecido na pauta de importação do estado. Apesar de as células e painéis fotovoltaicos terem sido o tipo de mercadoria com o maior volume de compra no mês, com um montante de US$ 14,4 milhões, as importações de óleo diesel ultrapassaram a marca dos US$ 12 milhões negociados, posicionando o combustível como o segundo item mais adquirido pelo Estado no exterior. Na relação, entrou também a gasolina, com US$ 11,9 milhões importados, seguida de partes integrantes de geradores e do coque de petróleo não calcinado, cujas compras chegaram a US$ 5,6 milhões US$ 2,6 milhões, respectivamente.

Os equipamentos da indústria da energia solar são os produtos mais comprados pelo RN no exterior. Os painéis fotovoltaicos somam US$ 161,8 milhões em importações, valores acumulados nos últimos nove meses do ano. Nesse período, a gasolina acumulou US$ 62,8 milhões importados. Os trigos e misturas com centeio, que tradicionalmente lideravam as importações, caíram para a terceira posição no volume de aquisições acumulado, contabilizando até agora US$ 43,1 milhões. Considerando os demais itens adquiridos ao longo deste ano, o total de importações em 2023 já é de US 502,4 milhões – volume que é 62,32% acima do importado nesse mesmo intervalo em 2022.

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