
AERONAVE DA AFRIQIYAH AIRLINES POUSA NO AEROPORTO DE MALTA CERCADO POR SOLDADOS, (FOTO: DARRIN ZAMMIT LUPI / REUTERS)
O aeroporto de Malta afirmou que um avião que fazia um voo interno na Líbia pousou no terminal aéreo após ter sido sequestrado nesta sexta-feira (23). De acordo com as autoridades, aparentemente havia dois sequestradores a bordo. Eles teriam ameaçado explodir a aeronave durante o voo, segundo o “Times de Malta”, afirmando estar em posse de uma granada. A imprensa local diz que eles ainda ameaçam detonar o explosivo. O governo de Trípoli confirmou o sequestro do avião.
De acordo com a agência Reuters, um funcionário de segurança do aeroporto informou que o piloto da Afriqiyah Airways entrou em contato com a torrre de controle para avisar que estavam sendo sequestrados.
— O piloto informou à torre de controle em Tripoli que eles estavam sendo seqüestrados, então eles perderam a comunicação com ele — disse o oficial à Reuters, falando sob condição de anonimato: — O piloto tentou muito que eles aterrissem no destino correto, mas eles recusaram.
Mais cedo, em seu Twitter, Muscat disse que um avião poderia ter sido sequestrado e operações de segurança estavam em andamento.
“Fui informado de uma potencial situação de sequestro de voo interno da Líbia, desviado para Malta. Operações de segurança e emergência em andamento”, escreveu o premier.
Segundo o “Times of Malta”, um dos sequestradores afirma ser favorável ao ditador Muammar Gaddafi, assassinado em 2011. Ele teria concordado em liberar os passageiros se as suas exigências fossem cumpridas. As demandas do sequestrador ainda não estão claras.
As tropas de Malta ocuparam posições a poucas centenas de metros do avião enquanto ele estava na pista do aeroporto. Ninguém foi visto embarcar ou deixá-lo. Os motores da aeronave ainda estavam funcionando 45 minutos depois de aterrissar no final da manhã, segundo a publicação.
Todos os outros vôos no Aeroporto Internacional de Malta foram cancelados ou desviados.
A Líbia se vê mergulhada em clima de violência e impasse político, cinco anos após a queda de Gaddafi. O ditador governou o país autoritariamente por mais de 40 anos.
O Globo
