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Aves resgatadas em cativeiros e comércio ilegal de Natal são devolvidas à natureza

Casos de apreensões de animais, principalmente aves vítimas de tráfico, são registrados com frequência em todo o País. Aqui em Natal cerca de cem aves foram devolvidas ao seu habitat natural pela Operação conjunta “Asas da Liberdade”, que resgatou 200 animais em feiras livres e criadouros ilegais da cidade, na última semana. No sábado (11), 60 delas foram libertadas na Zona de Proteção Ambiental 01 (ZPA-01), na área do Parque da Cidade, e também na região do Horto Pitimbú, em Cidade Satélite, na Zona Sul. As demais foram soltas simultaneamente por outras equipes em reservas no interior do Estado.

A soltura coordenada pela secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) atraiu frequentadores do Parque, entre eles muitas crianças, que participaram da ação dando liberdade às aves. Segundo o supervisor de Ambientes Naturais e Biodiversidade da Semurb, Gustavo Szilagyi, as espécies libertadas foram submetidas a exames clínicos no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para comprovar a sanidade antes da soltura. Além disso, foram escolhidas de acordo com seu habitat natural e segundo protocolos ambientais.

Dentre as espécies soltas no Parque da Cidade estão o cancão, galo de campina, golinha, concriz, sibiti, sabiá entre outros. Szilagyi aproveitou o público presente na soltura e destacou a importância dos animais para a preservação do ecossistema. “É importante que vocês olhem para os pássaros e vejam que essas vidas devem ser preservadas e não aprisionadas. As aves ajudam na polinização das nossas áreas verdes, se alimentam de insetos que nos transmitem doenças. Por isso, ao mantê-las livres na natureza estamos preservando a nossa própria vida”, ressalta.

 

A fiscalização conjunta é uma ação permanente realizada pela Semurb em parceria com a Polícia Civil por meio de sua Delegacia Especializada em Proteção ao Meio Ambiente (Deprema), Companhia Independente de Policiamento Ambiental da Policia Militar (Cipam), Ibama, secretaria municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e com o apoio do Grupamento de Ação Ambiental da Guarda Municipal (GAAM/GMN). No entanto, neste mês em alusão a Semana do Meio Ambiente, o trabalho foi intensificado nos bairros onde o comercio ilegal costuma ser recorrente.

O titular da Semurb, Marcelo Rosado, que também acompanhou a ação de soltura, ressalta que esse trabalho de fiscalização integrada é constante. Segundo ele, as operações de resgate acontecem desde 2013 e mais de 800 aves já foram retiradas das mãos de traficantes e de criadouros ilegais.  “É muito importante a participação de órgãos de várias instâncias municipal, estadual e federal, pois facilita o alcance de resultados mais rapidamente. Principalmente, porque as infrações não estão só em Natal, mas também nos municípios limítrofes. Por exemplo, as capturas pelos caçadores”, explica.

Ao final da soltura todas as gaiolas e viajantes em que os animais estavam presos foram destruídos. A multa para quem for pego comercializando, guardando em cativeiro ou depósito, ou ainda, transportando espécimes da fauna silvestre sem autorização é de R$ 500 por animal apreendido e pode chegar até R$ 5 mil se o animal estiver na lista de ameaçados de extinção. Além disso, a pessoa responde por crime ambiental de acordo com o Decreto Federal nº 6.514/2008.
Você também pode ajudar no combate aos maus tratos e tráfico de animais em Natal, basta ligar para a Secretaria de Segurança Pública no 181, para a Linha Verde do Ibama no 0800 618 080, ou ainda para Ouvidoria da Semurb no 3616-9829, que funciona no horário das 8h às 14h e fazer sua denúncia.

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