Foram retomadas as obras de abertura de canteiro para as faixas de pedestres existentes e novas travessias com rampas de acessibilidade – no trecho entre a Integração até o complexo Arena das Dunas, que também está ganhando ciclovia.
De acordo com o diretor de Engenharia de Trânsito da STTU, o arquiteto Carlos Milhor, “o entorno da Arena faz parte deste processo de dar condições de mobilidade aos pedestres e também a quem usa a bicicleta”.
Ainda segundo Milhor, “a execução dos projetos da Copa no Brasil foi marcada por diversas obras para auxiliar a mobilidade urbana, mas infelizmente a maioria delas não contemplou pedestres e ciclistas, ou seja, os modais ativos. Isso é facilmente verificado no entorno da Arena das Dunas. Esse projeto portanto ratifica um erro de dez anos atrás (2013-2023) onde não havia possibilidade de travessia segura no entorno do Arena.”
Segundo a pasta, o projeto nasceu depois de um estudo sobre os deslocamentos de pedestres e ciclistas na região, onde percebeu-se a necessidade de realizar ajustes na sinalização para atender às demandas reais de deslocamento.
Para isso, a STTU está implantando faixas elevadas de pedestres e sinalização de velocidade na região em 50 km/h na região. Um dos trechos contemplados fica na altura da Escola Régulo Tinôco e atende as pessoas que se deslocam tanto para a Arena como a Prudente de Morais.
Para quem se desloca no sentido Centro/Candelária foi implantada uma faixa de pedestre elevada na esquina da Lima e Silva para acessar o outro lado da via, passando embaixo do viaduto. Já para quem entra na cidade e se desloca pela BR 101 Sul e acessa o complexo do 4o Centenário encontrará faixa de travessia mais sinalização de velocidade em 50 km/h na altura do túnel da Lima e Silva.
A obra envolverá ainda uma série de outras melhorias do passeio (calçadas), ciclovias e acertos geométricos na via. Também será alterado o acesso de quem vem de Candelária e vai à direita em sentido da BR 101. O trecho contará com um acesso, reduzindo assim as interseções, os conflitos e melhorando a segurança e o fluxo. Ainda neste trecho, o pedestre e o ciclista contarão com uma calçada compartilhada.
Um detalhe sobre as faixas elevadas de pedestres é que elas são alinhadas à altura das calçadas e funcionam como uma extensão delas. Não é à toa que elas se assemelham a lombadas por oferecerem, além da sinalização, um fator físico para redução de velocidade. Assim elas oferecem mais segurança para quem necessita fazer a travessia da via.
“O projeto contempla palavras chaves da mobilidade hoje como segurança viária, redução da velocidade, visão zero de acidentes com mortes no trânsito e está dentro do programa Movimento Pela Vida”, conclui Carlos Milhor.
Tribuna do Norte