O presidente Jair Bolsonaro confirmou, ontem, que o governo vai prorrogar o auxílio emergencial por mais dois meses. No entanto, o valor mensal do benefício de R$ 600 deve ser reduzido para R$ 300, se prevalecer a opinião da equipe econômica. O presidente não esclareceu qual será o novo valor, mas a diminuição da quantia, que tem ajudado trabalhadores informais na pandemia do novo coronavírus, encontra resistência no Congresso Nacional.
O valor de R$ 300 ganhou força nos cálculos do governo porque representa um meio termo entre as propostas que buscam garantir o pagamento do auxílio emergencial por mais um tempo, mas de uma forma que pese menos para os cofres públicos. Segundo fontes do governo, tudo caminha nesse sentido. Porém, ninguém garante que o valor esteja fechado.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que vê um risco na redução do valor do benefício. Segundo ele, existe consenso entre os deputados para manter a ajuda de R$ 600 por até três meses. E cobrou do governo uma posição oficial a respeito da extensão do auxílio.
“A gente entende a preocupação do governo”, disse Maia, referindo-se ao impacto que a medida teria no orçamento da União. “Mas gostaria de ter uma posição oficial. Que o governo encaminhe a matéria e possamos fazer um debate transparente”, disse.
Correio Braziliense