O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou com jornalistas ao deixar o hotel Ritz Carlton, em Santiago, onde está hospedado durante sua visita oficial ao Chile.
Nesta segunda-feira, 5 de agosto de 2024, o presidente Lula preferiu não comentar a decisão de Edmundo González Urrutia, candidato da oposição na Venezuela que se autoproclamou presidente eleito do país. No entanto, afirmou que abordará o tema na próxima terça-feira.
Crise Política na Venezuela: Lula se mantém reservado
Questionado por jornalistas sobre o assunto ao deixar o hotel Ritz Carlton, em Santiago, o petista manteve-se reservado e apenas disse: “Depois nos falamos querida, calma. O cara nem tomou posse e você já quer que eu fale”.
González foi o principal candidato da oposição que enfrentou Nicolás Maduro no pleito realizado em 28 de julho de 2024. Maduro, que disputava a reeleição, foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão vinculado ao seu governo.
Oposição venezuelana contesta resultado das eleições
Em um comunicado conjunto publicado no X (ex-Twitter), Edmundo González e María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, afirmam ter vencido as eleições com 67% dos votos. Eles acusam Nicolás Maduro de falsificar os resultados e realizar um golpe de Estado.
Segundo eles, a decisão se trata de uma “expressão da vontade popular” e pedem reconhecimento internacional para sua vitória.
Quais são as implicações para a América Latina?
Durante a tarde, Lula voltou a defender a transparência dos resultados da eleição presidencial realizada na Venezuela. Ressaltou que o respeito pela tolerância e pela soberania, além do compromisso com a paz, é crucial neste momento.
“O respeito pela tolerância e pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência pelo resultado. O compromisso com a paz é que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre o governo e a oposição”, disse Lula durante uma declaração conjunta com Gabriel Boric, presidente do Chile.
A visita de Lula ao Chile marca um momento importante para as relações entre os dois países. O presidente chileno, Gabriel Boric, se absteve de falar diretamente sobre a crise venezuelana, preferindo abordar o tema na terça-feira.
Boric ressaltou que o foco da visita se trata da relação bilateral entre Chile e Brasil, deixando claro que outras questões internacionais serão discutidas em outro momento.
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