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Audiência Pública debate permanência da Ceasa em Natal

 O DEBATE ACONTECE DIANTE DA POSSIBILIDADE DE TRANSFERÊNCIA DA CEASA, DE NATAL PARA PARNAMIRIM. (FOTO: MARCELO BARROSO)


O DEBATE ACONTECE DIANTE DA POSSIBILIDADE DE TRANSFERÊNCIA DA CEASA, DE NATAL PARA PARNAMIRIM. (FOTO: MARCELO BARROSO)

A Câmara Municipal de Natal realizou nesta terça-feira (25) uma audiência pública para debater a permanência da sede da Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa/RN) na capital potiguar. A audiência foi convocada pelos vereadores Júlio Protásio (PDT), Luiz Almir (PR) e Aroldo Alves (PSDB), e contou com a participação de representantes do Governo do Estado, Prefeitura de Natal, Ministério Público, Fecomércio e Associação dos Atacadistas da Ceasa.
O debate acontece diante da possibilidade de transferência da Ceasa, de Natal para Parnamirim. A mudança chegou a ser anunciada pelo governador Robinson Faria em julho, entretanto, a notícia não foi bem recebida pela maioria dos comerciantes que trabalham no estabelecimento, que temem prejuízos com a distância. O prédio sofre com a ausência de sistemas de esgotamento e drenagem, sendo esta a justificativa para a Justiça determinar o fechamento do espaço por risco de contaminação.
Todavia, uma audiência de conciliação na última sexta-feira (21) entre Governo do RN, Poder Judiciário e Ministério Público garantiu que a instituição continue funcionando no local. Mas com a condição das obras de adequação para instalação do sistema de esgotamento sanitário e drenagem serem realizadas no prazo de 180 dias após a assinatura do acordo.
“Não somos contra que exista uma Ceasa em Parnamirim. O que não concordamos é com o fechamento da Ceasa em nossa cidade, haja vista que a Central de Abastecimento geral mais de 4 mil empregos diretos, além de impostos estaduais que refletem na economia natalense”, destacou o vereador Júlio Protásio. “O que deve ser feito é adequar e ampliar o estabelecimento para torná-lo ainda mais seguro e produtivo para a população. Ainda bem que caminhamos para um acordo positivo, sendo que as discussões travadas neste plenário foram decisivas para a questão chegar a bom termo”, completou.
O diretor da Ceasa, Theodorico Bezerra, declarou que sempre foi contra a ida da sede da instituição para outro município. “Na minha opinião a melhor solução sempre foi a realização de reformas no prédio. Porém, faço parte da equipe administrativa do governo e respeito a hierarquia. Por isso, acredito que a intervenção do Ministério Público foi fundamental para alinhar todos os posicionamentos em prol da manutenção do equipamento aqui em Natal”, analisou. Segundo ele, o governo deveria se preocupar mais com saúde e educação, e permitir que a Ceasa seja administrada pela iniciativa privada.
Ana Cláudia Souza, representante da Promotoria do Meio Ambiente, falou que a drenagem e o esgotamento sanitário são essenciais para evitar contaminações nos alimentos, influenciando na qualidade dos alimentos e na saúde das pessoas. “A expectativa é que o acordo firmado com o Governo do Rio Grande do Norte seja cumprido dentro do prazo estabelecido”, frisou.
Por fim, o diretor financeiro da Associação dos Usuários Atacadistas da Ceasa, Antônio da Costa, disse que a convocação da Câmara Municipal influenciou diretamente na decisão do governo, porque mostrou que o povo de Natal quer que a Centra de Abastecimento permaneça na cidade. “Peço aos vereadores que continuem vigilantes, tendo em vista que se as obras de adequação acordadas junto ao Ministério Público não forem concluídas o prédio pode ser interditado”.

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