As medidas de isolamento e restrições a atividades comerciais no Rio Grande do Norte durante a pandemia do novo coronavírus – causador da Covid-19 – provocou impacto negativo nas atividades econômicas do estado. Segundo dados da Secretaria Estadual de Tributação divulgados nesta quarta-feira (22), a média diária de transações de compra e venda de produtos registrou queda de 24,9%. Já o volume movimentado diariamente caiu de uma média diária de R$ 310 milhões para R$ 210 milhões na segunda semana de abril. A redução foi de 32,2%.
Os números constam no Boletim Semanal de Atividade Econômica, elaborado pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) e divulgado pela primeira vez nesta quarta-feira (22). De acordo com o documento, a indústria potiguar foi o segmento mais impactado pela crise, com redução de 44% da atividade.
O estudo se baseia nas notas fiscais e outros documentos, sujeitos à aplicação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). As comparações foram feitas com os dados de 6 de janeiro e 15 de março e os números das semanas seguintes, quando já estavam em vigência os decretos estaduais com foco na prevenção do coronovírus. O governo quer prorrogar as medidas até pelo menos 5 de maio.
O boletim mostra que a emissão média de notas fiscais por dia saiu de mais de um milhão na segunda semana de janeiro para 719 mil no período de 6 a 12 deste mês. Comparando com a mesma semana de abril do ano passou, a quantidade de documentos emitidos por dia diminuiu 27,9%.
O informativo também faz análise do nível de atividade dos principais setores que geram ICMS para o estado. A indústria de transformação foi o segmento mais atingido com a crise do novo coronavírus, retraindo em pouco mais de 44% a média de atividade diária.
Já o setor de combustíveis teve a segunda maior retração. As operações diárias caíram 29,4% quando comparadas à média diária antes da Covid-19.
O varejo potiguar e comércio atacadista tiveram recuos de 26,5% e 8,11% nas atividades diárias respectivamente. Já a indústria extrativista apresentou uma baixa de 19,7%.
G1RN