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Atentado em Bagdá deixa ao menos 143 mortos e quase 200 feridos

O ATAQUE COM CARRO-BOMBA ACONTECEU EM CENTRO COMERCIAL DO DISTRITO DE KARRADA, EM BAGDÁ. (FOTO:SABAH ARAR / AFP)

O ATAQUE COM CARRO-BOMBA ACONTECEU EM CENTRO COMERCIAL DO DISTRITO DE KARRADA, EM BAGDÁ. (FOTO:SABAH ARAR / AFP)

Um ataque terrorista de grandes proporções deixou mais de 140 mortos e quase 200 feridos em Bagdá. A ação aconteceu num movimentado centro comercial da capital iraquiana no fim da noite de sábado, e foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), sob crescente pressão das forças do governo, que recentemente retomaram seu bastião em Faluja, cidade a apenas uma hora de carro a Oeste de Badgá que estava nas mãos do grupo extermista desde o início de 2014.

Um caminhão frigorífico explodiu em Karrada, no centro de Bagdá. A região estava repleta de famílias, já que os iraquianos comem fora tarde durante o mês de sagrado muçulmano do Ramadã, que termina na próxima semana e preconiza jejum durante o dia. A polícia disse que o número de vítimas poderá aumentar, já que mais corpos podem estar sob os escombros de prédios destruídos. Na última contabilidade divulgada pelas autoridades, elas chegavam a 143 mortos e 195 feridos. Além disso, entre os mortos estão ao menos 15 crianças, dez mulheres e seis policiais, e pelo menos outras 12 pessoas ainda estão desaparecidas.

O atentado deste sábado é o maior no país desde que as forças iraquianas, com apoio dos EUA, desalojaram os militantes do EI de Faluja, que servia como plataforma para o lançamento de ataques do tipo, no fim do mês passado. Durante a manhã, o local do ataque foi visitado pelo primeiro-ministro, Haider al-Abadi, que foi recebido com irritação pela população. Vídeos que circulam na internet mostram o que seria o comboio do premier, que declarou luto de três dias pelas vítimas, sendo apedrejado e expulso da área.

Em comunicado, a Casa Branca afirmoun que o ataque só vai reforçar o compromisso dos EUA de combater o Estado Islâmico. “Continuamos unidos com o povo e o governo iraquiano no nosso esforço conjunto de destruir o EI”, diz o texto divulgado pela Presidência americana.

Em outro atentado, uma bomba também explodiu por volta da meia-noite de sábado para domingo em um mercado em al-Shaab, um distrito xiita popular do Norte da capital da capital iraquina, deixando pelo menos dois mortos.

O Estado Islâmico ainda controla grande parte do Norte e Oeste do território iraquiano, incluindo Mossul, a segunda maior cidade do país. Entretanto, o grupo vem sofrendo pressão das forças do governo, apoiadas pelos EUA. No fim do mês passado, o governo iraquiano anunciou a libertação de Faluja. Os extremistas também perderam recentemente o controle de Tikrit e Ramadi.

Segundo Jasim al-Bahadli, ex-oficial das forças iraquinas e atiualmente analista de segurança em Bagdá, os extremistas estão “tentando compensar a humilhante derrota que sofreram em Fajuja”.

— Foi um erro o governo pensar que a fonte dos ataques estava restrita a apenas uma área — afirmou em referência a Faluja. — Existem células terroristas adormecidas que agem independentemente umas das outras.

O Globo

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