Os ataques de Ciro Gomes a Lula na campanha ao Palácio do Planalto deste ano provocaram um racha interno no PDT, partido do ex-ministro e ex-governador do Ceará.
Nos bastidores, pedetistas mais à esquerda procuraram a cúpula nacional da legenda para reclamar da postura bélica do presidenciável em relação a Lula.
Esse grupo é composto por integrantes do PDT que são simpáticos ao petista e que pretendem fazer campanha para o ex-presidente da República no segundo turno.
A avaliação dessa ala do partido é de que Ciro “passou do ponto” nos ataques e que esse “radicalismo” fará eleitores mais à esquerda do pedetista migrarem para Lula já no primeiro turno.
“O Ciro aposta todas as fichas na conquista dos antipetistas. Mas essa estratégia é de improvável sucesso, pois, o antipetismo, à essa altura, se decide cada vez mais por (Jair) Bolsonaro“, avaliou à coluna um estrategista do PDT.
Esse grupo pedetista avalia ainda que os duros ataques de Ciro a Lula podem atrapalhar as negociações do partido para ocupar ministérios num eventual governo do petista.
Apoio
A estratégia de Ciro em relação a Lula, porém, conta com apoio de lideranças do PDT que são adversárias do PT em seus estados, sobretudo, no Sul e Sudeste.
Metrópoles