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Deputado denuncia que Fátima Bezerra vai obrigar policiais militares a usar salário para comprar coturno para trabalhar

ENTREGA PARCIAL IMPÕE AO MILITAR CUSTOS FINANCEIROS PARA OBTENÇÃO DAS PEÇAS FALTANTES, SOB RISCO DE PUNIÇÃO POR ESTAR SEM O TRAJE INTEGRAL. FOTO: DIVULGAÇÃO

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte iniciou de forma desfalcada a entrega do novo modelo de fardamento aos agentes militares nessa segunda-feira (17). Segundo representantes das associações de praças militares do RN, conceder uniforme com peças faltantes impõe aos militares a compra dos demais elementos, pois podem ser punidos por estarem sem o uniforme integral. Contudo, é obrigação do Governo do Estado, conforme a Lei, o fornecimento do vestuário completo à tropa.

Segundo a subtenente Márcia Carvalho, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros do Rio Grande do Norte (ASSPMBMRN), o novo fardamento tem sido entregue nos quartéis com apenas gorro, gandola e calça. A tropa ainda aguarda também, sem previsão, a abertura de licitação para a compra de novos coturnos.

“É inadmissível, diante de tantas mudanças positivas para a tropa, como avanços com equipamentos tecnológicos e escolaridade, ainda ser necessário o policial precisar custear parte do seu fardamento. Se a PMRN não tem condições de mandar os novos modelos completos agora, que aguarde para distribuir, pois dessa forma cria-se uma oportunidade para punir o policial de forma injusta” declara.

O Estatuto da PMRN, ao tratar dos Direitos e das Prerrogativas dos Policiais Militares, estabelece em seu Art. 49 “o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao policial militar na ativa, quando praça” como direito do policial militar, sendo obrigação estatal o seu fornecimento.

Em nota conjunta, as associações representativas ressaltam que outras instituições da Segurança Pública, como a Polícia Penal por exemplo, recebem anualmente um auxílio fardamento de cerca de R$1.500 (um mil e quinhentos reais), enquanto a PMRN está desde 2019 sem receber uniformes, sendo também a força de segurança com menor salário.

“A sociedade desconhece esses acontecimentos internos porque nos programas políticos o Governo do RN declarou estar tudo bem para garantir a reeleição, mas a realidade é de situações como esta em que o policial tem que tirar do próprio bolso o dinheiro do seu uniforme que, legalmente, deveria ser fornecido pelo Estado”, denuncia a subtenente. “Não somos contra mudanças no uniforme, mas a administração dessa mudança é problemática”, finaliza.

As Associações de Praças declaram que buscarão as autoridades competentes para tratar do assunto e não sendo atendidas, utilizarão dos meios legais contra este ato ao qual classificam como ilegal e abusivo.

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