Por iniciativa da deputada Márcia Maia (PSDB), a Assembleia Legislativa vai debater nesta quarta-feira (28), a partir das 9h, “a fraternidade e a superação da violência”, tema da Campanha da Fraternidade deste ano. A audiência pública acontece no auditório da Casa Legislativa e propõe reunir, além de legisladores, representantes do Poder Público Estadual e Municipal, Igrejas, ONGs, instituições de ensino e especialistas na área.
“Ano após ano, o Estado enfrenta uma crescente onda de violência em diversos aspectos da vida humana, como homicídios, agressões, roubos, assaltos, violência doméstica, exploração sexual, bullying, miséria, dentre outras tantas formas de violência que se reproduzem em todo o país. Violência não é causa, é consequência. Precisamos tratar a raiz do problema, não só os sintomas. Por isso, debater o assunto é fundamental para apontar alternativas e promover a união em torno da questão para superar esse mal”, argumenta Márcia.
De acordo com dados do Observatório da Violência Letal Intencional (OBVIO), o Rio Grande do Norte registrou nos primeiros 45 dias de 2018 um total de 314 assassinatos, o que aponta para uma média de nove homicídios diários. O número já supera os dados em relação ao mesmo período do ano passado, quando cerca de 294 pessoas foram assassinadas no Estado.
Como formas de combater e prevenir a violência, a parlamentar defende, além de um policiamento ostensivo e devidamente estruturado, o planejamento de ações em áreas como Educação, Cultura, Esporte.
Campanha da Fraternidade
Diante do cenário de violência em todo o país, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a Campanha da Fraternidade de 2018 com o tema voltado ao debate da questão. O documento resultante do evento aponta formas e tipos de violência no Brasil, dando destaque às praticadas contra negros, jovens e mulheres.
“A Igreja sempre tem alertado sobre a perda de direitos sociais e, de forma presente, feito seu papel naquilo que lhe compete. Da mesma forma, o Legislativo precisa ampliar o debate por meio das estruturas públicas e de poder para lutar e defender a mudança desse paradigma social em favor de uma sociedade de paz a partir de uma conjunção de esforços”, aponta Márcia Maia.