Conhecidas como ‘Irmãs do Vale’, essas ativistas fabricam produtos medicinais a partir de suas plantas e vendem pela internet, na California. As “Irmãs do Valley”, auto-ordenadas “freiras da maconha”, estão numa missão para curar e empoderar mulheres com seus produtos feitos a partir da planta. Sediadas perto da cidade de Merced, em Central Valley, na Califórnia, onde são produzidos mais da metade das frutas, legumes e nozes cultivados nos Estados Unidos, as “Irmãs do Valley” plantam e colhem seus próprios pés de maconha.
A irmandade ressalta que seus sete membros não pertencem a nenhuma ordem da Igreja Católica, apesar do apelido que ganharam.
“Somo contra religião, então não somos uma. Nos consideramos revivalistas de Beguine e nos baseamos em práticas pré-cristãs”, disse a irmã Kate, de 58 anos, que fundou a irmandade em 2014.
O grupo diz que a sua Santíssima Trindade é a planta da maconha, especialmente o cânhamo, um derivado da maconha que tem níveis muito baixos de Tetrahydrocannabinol (THC), o composto psicoativo da planta.
As “freiras” transformam o cânhamo em bálsamos e pomadas com base de cannabis, que elas dizem ter o poder de melhorar a saúde e o bem-estar.
Mais de 20 estados americanos legalizaram alguma forma de maconha para uso médico ou recreativo, mas a droga ainda é ilegal a nível federal. A Califórnia legalizou o uso recreativo da maconha em novembro de 2016.
“Uma irmã se torna uma irmã através de uma relação comercial e ganhando um salário ou comissão e queremos crescer dessa forma porque queremos libertar as mulheres, não queremos que elas sejam mais dependentes”, disse Kate, cujo nome verdadeiro é Christine Meeusen.
Kate contou que o grupo ganhou cerca de US$ 750 mil no ano passado, maior quantia desde que começaram a vender seus produtos em janeiro de 2015.
O governo do presidente americano Donald Trump e seu procurador-geral, Jeff Sessions, um crítico antigo da legalização da maconha, vem se preocupando com a nascente indústria de maconha legalizada no país.
Fonte: El País