Com a finalidade de capturar o maior número de vestígios com procedimentos científicos qualificados e de forma inovadora no Norte-Nordeste, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP-RN) iniciou o trabalho de Arqueologia Forense no âmbito da perícia criminal. Atualmente, a técnica é utilizada em ocorrências de encontro de cadáveres em estado de decomposição, mas também pode ser aplicada em caso de catástrofes ou mortes em extermínio.
O trabalho pericial em Arqueologia, conta com a coordenação da perita médica-legista e arqueóloga, Elaine Cunha, que atua em integração com o Núcleo de Antropologia Forense, coordenado pelo perito odontolegista, Fernando Marinho.
“O ITEP-RN está incorporando de forma inovadora nas perícias criminais o trabalho de campo da Arqueologia, utilizando metodologias científicas que podem determinar o sexo, idade, estatura daquele cadáver e chegar a sua identificação e a solução daquela ocorrência com uma análise qualificada”, destacou Elaine Cunha.
As atividades de competência arqueológica em meio forense envolvem pesquisa do terreno, técnicas de prospecção, analise e descrição do local, escavação, coleta e preservação de remanescentes ósseos humanos, entre outros.
No final do mês de julho, os especialistas realizaram trabalho pericial em um cadáver encontrado em um banheiro de casa abandonada em São Gonçalo do Amarante, atualmente em fase de exame no Núcleo de Antropologia do ITEP-RN.
“Vamos integrar cada vez mais o trabalho de Arqueologia e Antropologia com a equipe técnica do ITEP-RN e agentes de segurança no atendimento dessas ocorrências que necessitam de um trabalho mais detalhista e apurado para se chegar à elucidação dos crimes”, enfatizou Fernando Marinho, que atualmente também dirige o Instituto de Medicina Legal do ITEP-RN.
A expectativa dos peritos é tornar o trabalho científico referência no país e interagir com os órgãos e instituições que atuam na área no Brasil.