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Aras chama depoimento contra Bolsonaro de “factóide” e arquiva caso

ARAS AFIRMOU QUE NÃO HÁ MENÇÃO AO NOME DE BOLSONARO NOS ÁUDIOS DA PORTARIA. FOTO: PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-geral da República (PGR) arquivaram uma notícia de fato, enviada à Corte pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que informava a menção do nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes.

Aras defendeu que a divulgação do depoimento é um “factóide que gerou um crime contra o presidente“. Ele também disse que vai enviar para o MP-RJ um pedido feito pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, para entender em que circunstâncias o porteiro do condomínio de Bolsonaro mencionou o nome do militar.

Segundo a procuradora do Ministério Público, Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), confirmou que o porteiro que envolveu o nome do presidente Jair Bolsonaro na morte da vereadora Marielle Franco mentiu em depoimento à Polícia Civil. De acordo com Simone, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio do presidente foi Ronnie Lessa, suspeito de ter feito os disparos.

Segundo Aras, a equipe da procuradoria-geral da República ainda está ouvindo as gravações dos dias seguintes, mas, até agora, não há indícios do envolvimento do presidente.

“Por si só, a notícia de fato já encerrava a solução do problema”, disse Aras à Folha de São Paulo. “[O arquivamento ocorreu] porque não tinha nenhuma hipótese [de investigação do presidente] a não ser a mera comunicação [ao STF]”, disse.

“As gravações comprovam que Ronnie Lessa é quem autoriza a entrada do Élcio. E, em depoimento, eles omitiram diversas vezes que estiveram juntos no dia do crime. O porteiro mentiu, e isso está provado por prova técnica”, afirmou Simone Sibilio.

De acordo com o PGR, quando o MP-RJ enviou a notícia do fato, os procuradores enviaram também um documento que informava que o presidente estava em Brasília no dia em que os suspeito foram ao condomínio. Além disso, o Ministério Público do Rio de Janeiro anexou os áudios da portaria, que contradizem a versão do porteiro. “Não há menção ao presidente”, disse. 

Veja a reportagem exibida pela Globo no Jornal Nacional

Porteiro mencionou Bolsonaro

Nessa terça-feira, 29, o Jornal Nacional divulgou que o porteiro do condomínio de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, havia mencionado o nome do militar em um depoimento à polícia do Rio. De acordo com a reportagem, o funcionário afirmou que um dos suspeitos de matar a vereadora esteve na região horas antes do crime e teve autorização de alguém identificado como o “senhor Jair”, na casa 58, onde mora o presidente, para entrar.

O ex-policial Elcio Queiroz, no entanto, dirigiu-se para a casa de outro suspeito que  também mora no condomínio, Ronnie Lessa. Naquela data, Bolsonaro estava em Brasília, participando de atividades na Câmara. Ambas informações estavam na reportagem da Globo.

Bolsonaro se pronunciou através de live nas redes sociais. Assista:

Com informações: Congresso em Foco

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