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Apresentadora da InterTV Cabugi relata quadro de ataque cardíaco

FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

A apresentadora a InterTV Cabugi. Anne Marjorie, comentou em suas redes sociais que, recentemente, deu entrada no hospital, com quando de ataque cardíaco. Leia abaixo o relato da jornalista.

– Um ataque cardíaco sintomático.

Disse o médico ao telefone, avisando pra equipe do hospital sobre o que estava acontecendo comigo.

Segunda, dia 3 de abril de 2023.

Do outro lado, alguém avisou:

– Não tem vaga na sala de reanimação.

Outra pessoa falou:

– Leva ela para um leito.

A partir desse momento, a clareza do quadro.

Comecei a sentir tudo entendendo o processo.

A dor intensa no braço esquerdo, a respiração cada vez mais curta, dor no peito, sentimento de morte, lábios latejando, tontura, vista escura, ânsia de vômito e sobre tudo isso…A paz!

Existia paz dentro de mim, essa paz vinha acompanhada de dever cumprido.

Lembrei daquela frase:  ““combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” e foi assim que vi meu companheiro me vendo “ir embora”.

Eu queria ter condições de dizer pra ele: “Amor, ainda bem que você sabe o quanto é amado por mim e esse amor nunca vai morrer.”

Mas não é fácil ver quem amamos partindo subitamente.

Ele viu a equipe toda em cima de mim para me reanimar.

Sem sucesso, mais outras tentativas.

220 batimentos por minuto.

Por muito menos alguns corações param.

Meu coração estava dizendo que não estava mais suportando.

Talvez as dores da vida, talvez as dores que ferem alma, talvez a dor da existência.

Estar viva é estar pronta pra vulnerabilidade.

Depois de muitas horas, o coração começa a organizar os batimentos e a paz, aquela lá quando o médico disse:

– “Ela vai sentir uma quase morte, precisamos resetar o coração dela” – essa paz continuava falando comigo.

Coração resetado.

Próximo passo é uma cirurgia nos próximos dias.

Escrevo emocionada, acho que meu coração aguenta né?!

Bom, o que me manteve serena, em paz e pronta pra o que fosse, foi a certeza que fui a melhor Anne, para todas as pessoas que cruzaram minha vida. Eu não carregava dívida, carregava justiça, coragem e compaixão. E como é única a possibilidade de quase ir e pensar: Deus, obrigada por ter me colocado em lugares espinhosos e mesmo assim, ter conseguido viver o verbo amar, com todas as minhas imperfeições.

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