Quase uma semana após a liberação da última fase do decreto de reabertura do comércio potiguar, a economia do Estado ainda tenta se restabelecer após os impactos do isolamento social. Empresas e consumidores se esforçam para conviver com os novos hábitos econômicos e de consumo. Mas a retomada da economia ajudará comércios, bares e restaurantes a se recuperaram depois de quatro meses de fechamento e está sendo encarada com otimismo, é o que apontam os especialistas.
Para Daniel Carvalho, contador e sócio da Rui Cadete Consultores, a retomada era esperada por empresas e consumidores, mas alguns cuidados são necessários neste momento, para que a situação não retroaja. “Estratégias precisam ser bem pensadas pelos negócios para que não haja aumento de casos de contaminação, já que os empresários também são responsáveis pelo controle em seus estabelecimentos e, também, para que não aumentem seus custos de maneira desproporcional à realidade da receita no momento, o que pode reverter em números negativos”, afirma.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem realizando estudos sobre os impactos da Covid-19 nas empresas por meio da Pesquisa Pulso Empresa (PPEmp). Os últimos dados divulgados apontam que 62,4% das empresas disseram ter sofrido efeitos negativos com a pandemia e 50,7% indicaram diminuição das vendas ou serviços comercializados.
A melhoria nos resultados é esperada para os próximos meses, mas os empresários precisam estar atentos aos novos hábitos de consumo, é o que defende Daniel Carvalho: “esses novos hábitos irão influenciar muito na retomada, as empresas já vêm adaptando as formas de vendas nesse período em que estiveram fechadas, e precisarão manter essas estratégias nos próximos meses, pois os hábitos de consumo não voltarão a ser como antes da pandemia”, afirma.
Estratégias comerciais, principalmente as digitais, foram implementadas à realidade de lojistas e empresários em todo o país. Mas as pequenas empresas e empreendedores necessitarão de um esforço maior para manter seus comércios nessa retomada. “A principal estratégia para que as pequenas empresas reajam diante dos novos hábitos de consumo é se moldarem às necessidades apresentadas pelos clientes, adequando assim toda a estrutura da empresa, tanto a física como a virtual, para manter esses consumidores”, recomenda o sócio da Rui Cadete Consultores.