A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) planeja reformular a porta de entrada do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade de emergência hospitalar do estado, a partir de setembro. Com a mudança, a estrutura vai restringir atendimentos para os casos de trauma-ortopedia e serviços de alta complexidade.
Segundo a Sesap, em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (21), a urgência vai receber apenas casos com a indicação médica. A estrutura regulada, avalia a secretaria, vai impedir a entrada de pacientes que não sejam politraumatizados ou não possuam condição de saúde que demanda atendimento de urgência.
De acordo com a Sesap, a sobrecarga da unidade é reflexo da busca direta do serviço pela população e também dos encaminhamentos de pacientes dos municípios, muitas vezes de casos de baixa complexidade. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, serão contemplados pelo planejamento “todos os serviços regulados. Se for o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), deve ser regulado. Se for encaminhado de hospitais ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA), precisa de regulação, e etc”. A “Área Covid” do hospital não pode ser desativada neste momento para dar espaço a outras patologias, devido à existência de pacientes com essa necessidade na unidade, o que requer isolamento e acomodação de acordo com os protocolos covid-19.
Além disso, segundo a secretária adjunta, Maura Sobreira, unidades regionais e da capital atenderão outras demandas. “As unidades regionais de saúde e os serviços de urgência e emergência de Natal deverão atender demandas que não dizem respeito à traumato-ortopedia, que será a linha utilizada pelo Hospital Walfredo Gurgel”, disse a secretária adjunta de Saúde, Maura Sobreira.
Com a alteração, o Walfredo Gurgel passará a atender, de forma exclusiva, cirurgias de alta complexidade, neurocirurgia, neurologia, traumatologia, cirurgia vascular, nefrologia, setor de queimados, cardiologia, agravos clínicos, entre outras especialidades voltadas para a alta complexidade.
A partir da mudança, em setembro, os pacientes que procurarem de forma espontânea o hospital serão orientados a procurar uma unidade mais básica, como as UPAs.
Segundo a Sesap, o maior hospital de Natal atua diariamente com sobrecarga no atendimento. O problema é reflexo da busca direta do serviço pela população e também dos encaminhamentos de baixa complexidade oriundos de outros municípios.
Para resolver esta questão, a Sesap está atuando junto às unidades regionais e ao próprio município de Natal, para que os serviços municipais possam atender às demandas de menor complexidade, desafogando assim o HMWG.
Com informações da Tribuna do Norte